Tordilho Alimentos aposta na diversificação para enfrentar mudanças no consumo

Entrevista

Tordilho Alimentos aposta na diversificação para enfrentar mudanças no consumo

Com mais de 45 produtos no portfólio, empresa procura manter equilíbrio em um mercado marcado pela desvalorização do arroz e do feijão

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Tordilho Alimentos aposta na diversificação para enfrentar mudanças no consumo
(Foto: Nátalli Bonow)

O empresário Elias Barz, proprietário da Tordilho Alimentos, avalia os desafios enfrentados pelo mercado diante da queda no consumo de arroz e feijão no Brasil e da desvalorização dos preços no setor. Segundo ele, pesquisas apontam que, nas últimas duas décadas, o consumo desses alimentos tem diminuído, especialmente nos grandes centros urbanos, onde hábitos alimentares tradicionais estão sendo substituídos por fast-foods e produtos ultraprocessados.

Para Elias, esse cenário tem representado uma dificuldade para o mercado, já que neste ano há uma queda expressiva nos preços tanto do arroz quanto do feijão, o que tem dificultado o trabalho das empresas e dos produtores rurais. Em alguns casos, o preço de venda chega a ficar abaixo do custo operacional.

Diante desse cenário, a Tordilho tem apostado em aumentar o volume de vendas e diversificar a produção, para manter a presença da marca na mesa dos consumidores. “Se o produto está mais barato do que no ano passado, é bom para o consumidor. Mas, para o setor, o ideal é o equilíbrio. Quando o preço está muito baixo, desestimula o produtor e, em poucos anos, pode gerar escassez e aumento de preços novamente”, explicou.

Marca local e familiar

A Tordilho Alimentos é uma empresa familiar fundada em 1989, a partir de um engenho de arroz alugado pelo pai de Elias. No início, as embalagens ainda traziam o nome “Cavalo Branco”, marca que existia no local e foi reaproveitada.

Com 36 anos de atuação, a empresa ampliou seu portfólio e hoje conta com mais de 45 produtos, entre diferentes tipos de arroz – branco, parboilizado, para risoto, e feijões – carioca, branco e vermelho, além de farinhas. Os grãos são adquiridos de produtores regionais e do Uruguai.

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