Tecnologia como forma de ampliar negócios no agro

processos

Tecnologia como forma de ampliar negócios no agro

Ferramentas auxiliam na rotina de propriedades rurais de diferentes tamanhos

Por

Tecnologia como forma de ampliar negócios no agro
Uso de drones é um dos investimentos mais difundidos no setor (Foto: Divulgação)

Mais de 65% das propriedades rurais de médio e grande porte usam algum tipo de tecnologia em seus processos diários. No entanto, cada vez mais essas ferramentas estão sendo englobadas por produtores menores, que têm o objetivo de facilitar a lida diária, qualificar e ter melhor controle sobre seus produtos.

O tema foi abordado no programa Pensar Negócios Debate, de sábado, que contou com a participação do CEO do Instituto Sigales e da startup Agrobrand, Jeferson Sigales; do ecólogo e coordenador de projetos ligados ao manejo e restauração de agroecossistemas no bioma Pampa, Fábio Torchelsen; e do especialista em tecnologia para pecuária, Junior Cunha. A apresentação foi do diretor-executivo do jornal A Hora do Sul e da Rádio Pelotense, Régis Nogueira, e do gerente comercial, Deilon Cândido.

Os convidados apontaram como necessária a quebra dos paradigmas do campo, com relação a uma cultura que reluta à inserção da tecnologia, para o avanço do setor do agronegócio da região. Além disso, pontuaram como principal obstáculo para esse processo a falta de capacitação direcionada aos produtores, desde os de pequeno até os de grande porte. “É preciso gerar o conhecimento suficiente para gerar convencimento da importância em aplicar essas tecnologias”, afirma Torchelsen.

Tecnologia é otimização de tempo

Um dos pontos principais é a otimização do tempo dentro da produção para, além de facilitar a vida dos produtores, propiciar uma melhora nos resultados. “Atualmente, se preza, principalmente, pela coleta de dados. É necessário otimizar o tempo desse produtor — ele pode ter mais resultado com menor esforço”, afirma Junior.

Ele citou o exemplo da utilização de drones como uma das formas de otimização que está mais difundida no setor, mas que ainda pouco se explora em toda a sua capacidade. “É possível mapear com o drone a área que precisa de alguma pulverização, por exemplo. Torna-se mais assertivo, com maior economia em maquinário e menor desperdício”, diz Cunha.

Negócios

O CEO da Agrobrand e do Instituto Sigales afirma que a região Sul tem o foco voltado para a produção e olha pouco para a inovação de mercado. “Estamos presos nas tradições e precisamos evoluir para os negócios. A nossa região tem muito agro e pouco negócio. A tecnologia ainda é usada para a produção, mas falta ampliar, olhar para além da capacidade de produzir”, afirma Sigales.

Sigales também destaca como essa mudança de percepção reflete no valor dado ao produto e em como este chega até o consumidor. “A rastreabilidade sustentável atribui confiança ao produto, que pode ser negociável para o mercado, além de ampliar a capacidade de remunerar e qualificar a cadeia produtiva”, diz.

Acompanhe
nossas
redes sociais