Ponte que liga a Cerquinha à rua Doutor Cassiano precisa de manutenção urgente

Opinião

Ana Cláudia Dias

Ana Cláudia Dias

Coluna Memórias

Ponte que liga a Cerquinha à rua Doutor Cassiano precisa de manutenção urgente

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Há 73 anos

A situação precária da ponte de madeira utilizada pelos moradores da Cerquinha para transpor as águas do arroio Santa Bárbara, na rua Doutor Cassiano, foi o destaque da primeira página do jornal A Alvorada, na edição de 4 de outubro de 1952. O pontilhão, nas imediações do cruzamento com a atual rua Barão da Conceição, era muito utilizado pela comunidade daquela região para ter acesso a, por exemplo, a Escola Nossa Senhora das Graças, na época, construída recentemente.

A preocupação da comunidade da Cerquinha se justificava. O fim da ponte de madeira significava que os moradores da margem oposta do Santa Bárbara teriam que traçar uma rota maior para acessar o centro da cidade, por ruas como a Doutor Amarante ou pela avenida Daltro Filho, atual Duque de Caxias.

O arroio, que ficava nos arrabaldes, passou a fazer o contorno da área central da cidade com a expansão urbana, a partir do início do século 20. “O arroio Santa Bárbara teve sua importância na história de Pelotas, que estabeleceu seu povoamento inicial em função da economia baseada no charque, assim como tiveram importância também o Canal São Gonçalo e o Arroio Pelotas, onde circulavam pequenas embarcações”, registra o artigo Poluição no Canal Santa Bárbara, dos acadêmicos Marcel Idalgo Schiavon, Júlia Lima Fagundes e Elenice Crochemore Rutz; sob a orientação da professora adjunta Liz Cristiane Dias, do Departamento de Geografia da Universidade Federal de Pelotas.

Desaparecidas da área urbana

Para facilitar o trânsito dos moradores, começaram a surgir as pontes cortando o arroio, como a que foi construída na Dom Pedro II, bem próxima à antiga Estação Ferroviária. Porém, as grandes enchentes de agosto de 1941 e fevereiro de 1954 motivaram a criação de projetos de canalização do Santa Bárbara, ainda na década de 1950, e aos poucos as pontes e pontilhões foram desaparecendo.

As obras culminaram com a construção da barragem de Santa Bárbara, finalizada em 1968, que além de proporcionar o controle das cheias e enchentes, passou a servir como captação de água para abastecimento da cidade. A única passagem preservada é a da rua Marechal Floriano, junto à praça Cipriano Barcelos, próxima à praça 20 de Setembro. O leito do arroio cruzava a atual avenida Saldanha Marinho e desembocava no Canal São Gonçalo.

Fonte: Acervo Bibliotheca Pública Pelotense; microblogs Olhares sobre Pelotas e Pelotas Antiga

Há 50 anos

Abrigo central do transporte coletivo passa por remodelação

Lojas comerciais também passaram por obras (Foto: Reprodução)

A prefeitura estava finalizando a requalificação do abrigo central, que na época ficava na frente do Mercado Central, atual Largo do Mercado, na praça 7 de Julho. A etapa final foi da pintura programada para começar no dia 29 de setembro, por uma empresa de refrigerantes.

A reforma foi desenvolvida pelo Departamento Municipal de Trânsito, que remodelou o espaço, incluindo a parte interna, abrangendo os cafés, bares e bancas de revistas. Durante as obras, a fila do ônibus para o bairro Fragata foi transferida para a calçada do Mercado, pela Andrade Neves, em frente aos açougues e bancas de peixe.

Incômodo

Essa alteração incomodou principalmente os donos dos estabelecimentos comerciais. A reclamação era de que os caminhões frigoríficos estavam com dificuldade de fazer as entregas. Na época, segundo a prefeitura, quase dois milhões de passageiros tinham utilizado o serviço de transporte coletivo, no mês de agosto de 1975.

Fonte: Acervo Bibliotheca Pública Pelotense

 

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