A redução na frota de ônibus que faz o trajeto entre Pelotas e o Campus Capão do Leão gerou insatisfação entre estudantes da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) na última semana. A linha, que deveria operar com nove veículos, circulava com apenas seis, provocando filas, atrasos e superlotação. O problema também atinge a linha Esef/Famed, alvo de críticas constantes devido à frota insuficiente, principalmente nos horários de pico.
Em nota oficial, a universidade reconheceu as falhas no serviço e atribuiu as dificuldades à defasagem da frota e à necessidade constante de manutenção. Na quinta-feira, a UFPel anunciou a inclusão de mais quatro ônibus em circulação, com previsão de reforço gradual da frota nos próximos dias.
A instituição informa ainda que um novo contrato de manutenção está em fase final de tramitação e deve permitir maior agilidade nos reparos. Enquanto isso, orientou as unidades acadêmicas a considerarem atrasos de alunos e servidores e a adotarem medidas que minimizem prejuízos acadêmicos.
Manifestação e Posicionamento do DCE
Para o estudante de enfermagem e coordenador do DCE, Welinton Paulsen, a resposta da reitoria tem sido positiva dentro das possibilidades imediatas. “O reforço gradual da frota atendeu pontualmente às denúncias feitas pelos estudantes, mas ainda não é suficiente. É preciso colocar mais ônibus em circulação para realmente atender às necessidades da comunidade acadêmica”, afirma.
Como forma de mobilização, o DCE convocou um ato em defesa do transporte de apoio, marcado para terça-feira, às 12h, em frente ao Restaurante Universitário do CCL. O objetivo é chamar atenção para a necessidade de condições dignas de acesso e permanência dos estudantes na universidade.
A UFPel reforça que as dificuldades refletem restrições orçamentárias sofridas pelas universidades federais entre 2017 e 2022, com recomposição parcial desde 2023, mas que os recursos ainda não são suficientes para investimentos completos na frota.