Há 100 anos
Ocorreu em 3 de outubro de 1925 um festival cultural com o objetivo de obter recursos para a realização de obras no prédio do Asilo de Mendigos de Pelotas. O evento aconteceu no Theatro Guarany e contou com a exibição de dois episódios da série de aventuras Ruth das Montanhas, como primeira atração. A segunda parte do programa foi dedicada à dança, com performances de bailarinos em diferentes modalidades.
Por iniciativa do jornalista Antônio Joaquim Dias, o Asilo de Mendigos foi fundado em setembro de 1882. Porém a construção do prédio histórico começou cinco anos depois, em 1887, com projeto do arquiteto José de Magalhães, mas foi interrompida em 1889, após a Proclamação da República.
Sem sede, o Asilo não poderia funcionar, situação que mobilizou lideranças em busca de uma solução, o que resultou no aluguel de uma casa, a partir de 13 de abril de 1891. Pouco depois, o Visconde da Graça doou os recursos necessários para terminar a obra do primitivo asilo.
A inauguração ocorreu em 5 de fevereiro de 1892. Em 1928, o Asilo passou por uma remodelação com projeto do arquiteto Caetano Casaretto, na época o objetivo era ampliar as dependências.
Fontes: Acervo Bibliotheca Pública Pelotense; blog Olhares sobre Pelotas
Há 95 anos
Pelotenses acordam sob a chuva de notícias sobre a Revolução de 1930

Celebrações ocorreram em diferentes cidades (Foto: Reprodução)
O movimento chamado Revolução de 30 foi deflagrado em 3 de outubro de 1930. O levante militar, liderado por Getúlio Vargas, culminou no fim da Primeira República e na chegada do gaúcho à presidência do país. Em Pelotas a notícia chegou no início da manhã. Por volta das 17h, chegavam às ruas centrais a informação de que a guarnição federal havia se declarado a favor da revolta, acompanhando outras guarnições.
Por sua vez, o povo mostrava entusiasmo apoiando a Revolução. O comando militar ficou nas mãos do capitão Cícero de Góes Monteiro (1892-1932), do 9º Regimento de Infantaria de Pelotas, as repartições públicas foram fechadas, tomadas pelos revolucionários e uma comissão foi encarregada de tomar posse do Banco do Brasil.
As notícias vindas do centro do país eram publicadas nos placares dos jornais locais, que, ao som das respectivas sirenes ou espocar de foguetes, anunciavam os últimos acontecimentos. Durante toda a noite, a cidade vibrou entusiasmada. Na intendência, esteva reunida a polícia, sendo distribuído armamento em grande quantidade.
À noite, um contingente do Batalhão, acompanhado de 50 civis, seguiu para Rio Grande para auxiliar no movimento de rendição do Batalhão do vizinho município. “A cidade não amanheceu, tinha-se a impressão que não dormira, expectante pelos acontecimentos”, registrou um jornal local.
Fontes: Acervo Bibliotheca Pública Pelotense; blog Olhares sobre Pelotas
Há 50 anos
Espetáculo alicerçado em texto de Simões Lopes
O Theatro Sete de Abril recebeu o espetáculo Mboitatá – a serpente e a luz, com direção de Inês Marroco. Em Pelotas o evento foi promovido pelo Diretório Acadêmico Naum Keiserman, juntamente com a ATM 1976 do curso de Medicina. A apresentação ocorreu na noite de 3 de outubro de 1975.
O espetáculo era um musical coreográfico, com canções de Carlinhos Hartlieb. A montagem de M’boitatá – a serpente da luz, tinha estreado em julho, em Porto Alegre, e levava para o palco um texto alicerçado na obra do pelotense João Simões Lopes Neto.

Sete de Abril foi o palco do musical (Foto: Reprodução)
Foi neste mesmo ano que a diretora Inês Marroco graduou-se em graduação em Direção Teatral e Licenciatura em Arte Dramática pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1975). Inês, hoje uma referência no teatro gaúcho, é professora do departamento de Arte Dramática (DAD) e do Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas (PPGAC) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS, além de diretora do Grupo Cerco de Porto Alegre.
Fontes: Acervo Bibliotheca Pública Pelotense; wikipedia.org