Há 95 anos
Por iniciativa da empresa Xavier e Santos, o Cine Capitólio exibiu pela primeira vez um filme sonoro em Pelotas. A projeção chamou a atenção da comunidade, que lotou as duas sessões na estreia de O pagão, da Metro Goldwyn Mayer, no dia 1º de outubro de 1930. “A iniciativa que tomara há tanto tempo a empresa Xavier e Santos é digna de francos elogios e vem demonstrar à sociedade o devotamento inconteste que tem para com a população, correspondido sempre por esta pela preferência notável que lhe tem dispensado”, registrou um cronista.
Pouco mais de um mês antes, o empresário e cineasta Francisco Santos e seu sócio Francisco Vieira Xavier adquiriram três aparelhos sonoros para serem instalados nas suas casas de cinema. Para comportar a novidade, as cabines dos Teatros Apolo e Avenida foram reformadas, a do Capitólio, inaugurado dois anos antes, passou por pequenos ajustes técnicos.
Na época, a nova tecnologia não era unanimidade e muitos falavam que o cinema estava perdendo sua magia e outros, que se saía das salas atordoado com o barulho produzido. Independentemente das opiniões contrárias ou a favor, os pelotenses correram para desfrutar da novidade.
“O aparelho com que estreou o Capitólio, é admirável, causando impressão agradabilíssima a todos”, registrou a imprensa local. Depois de O pagão, estavam programados Rapsódia Húngara, A marquesa, Manolesco e Jango.
Fonte: Acervo Bibliotheca Pública Pelotense; Internet Movie Database (IMDb) ; wikipedia.org
PARA SABER

Em cartaz do drama romântico O pagão (Foto: Reprodução)
No Brasil, o primeiro filme sonoro a ser exibido foi Melodia da Broadway, no Rio de Janeiro, em 20 de junho de 1929.
O pagão (The pagan, 1929) é um filme de drama romântico mudo/parte falado de 1929 filmado no Taiti e produzido e distribuído pela Metro Goldwyn Mayer. Tanto o diretor W.S. Van Dyke e o diretor de fotografia Clyde De Vinna já haviam visitado o Taiti em 1928 para filmar White Shadows in the South Seas. O pagão é estrelado por Ramón Novarro, Renée Adoree, Donald Crisp e Dorothy Janis.
Há 50 anos
Arthur Lange S.A. recebe reconhecimento nacional
A Arthur Lange S.A. Indústria e Comércio foi reconhecida como a maior empresa do país no ramo de couros, peles e manufaturados, segundo a revista Visão. O destaque surgiu a partir da pesquisa Quem é quem na economia brasileira?
A organização pelotense era composta por unidades industriais no município e nas cidades de Novo Hamburgo e Santana do Livramento. Também possuía uma empresa de distribuição em São Paulo. Porém o reconhecimento nacional não era novidade, em 1969, a empresa ocupava a 10ª posição no setor. Em 1970 passou a se situar entre as seis primeiras e desde 1971, figurava como a segunda mais importante no ramo de couros.
Na época, a direção da Arthur Lange S.A. manifestou-se afirmando: “A condição atual, longe de representar uma meta atingida, assume as características de uma responsabilidade ainda maior, em vista dos objetivos programados”.

Empresa de Pelotas tinha unidades em outros municípios (Foto: Reprodução)
No que se referia ao patrimônio líquido contábil, a empresa, na classificação geral, estava situada como a 522ª, entre todas as organizações que operavam no país, em setembro de 1975.
Fonte: Acervo Bibliotheca Pública Pelotense