Há 100 anos
Os funcionários do Banco Pelotense, liderados por Hugo Tatsch, fundaram uma associação mútua, que pagaria às famílias dos seus associados um pecúlio, em caso de morte. A proposta elaborada por Rubens de Freitas Weyne, foi acolhida também pela diretoria da instituição financeira. Para redigir os estatutos foram empossados como presidente, Lúcio Lopes dos Santos Sobrinho; e relatores: João Pereira, Rubens de Freitas Weyne, Frederico Urban e José Grunwald.
A diretoria da entidade também foi eleita, constando em ata os seguintes cargos: presidente, Lúcio Lopes dos Santos Sobrinho; vice, Hugo Tatshc; 1º secretário, Frederico Urban; 2º secretário, Armando Rezende; 3º, Ruy Braga; 1º e 2º tesoureiros, respectivamente, Aureo Loureiro de Souza e Victor Mourgues; diretores de trimestre: Pedro U. Liberal, Paulo Etchbeste, Alceu Lopes e Lothar Wiener.
De acordo com a ata de setembro de 1925, o mandato seria finalizado em 31 de dezembro de 1926. O que os funcionários não poderiam imaginar é que, a partir daquele ano, o Banco Pelotense entraria em declínio, culminando com o seu fechamento em 5 de janeiro de 1931.
O início
O Banco Pelotense foi uma instituição bancária criada em Pelotas, por iniciativa de charqueadores e agropecuaristas da sociedade local. Neste grupo de incorporadores e acionistas, haviam nomes como Joaquim Augusto de Assumpção, Francisco Antunes Gomes da Costa (Barão de Arroio Grande), coronel Alberto Rosa, Plotino Amaro Duarte e Eduardo Siqueira. A sessão de aprovação dos estatutos ocorreu em 5 de fevereiro de 1906, e as atividades se iniciaram no dia 15 do mesmo mês.
O crescimento do Banco foi rápido e no mesmo ano de fundação apresentava uma matriz em Pelotas e uma filial em Rio Grande. A expansão para outras cidades foi uma marca da instituição, que chegou a ter mais de 20 filiais no Rio Grande do Sul e mais de dez no país. Entre 1907 e 1911, por exemplo, abriu agências nas cidades de Uruguaiana, Porto Alegre, Alegrete e Bagé. Mas teve ainda, representações no centro, norte e na região da serra no Estado. Fora do Estado a expansão foi iniciada em 1919, com uma filial no Rio de Janeiro.
O fim
Diferentes razões contribuíram para inviabilizar a permanência das atividades. Entre elas, estava a falta de liquidez para enfrentar as dificuldades financeiras, especialmente após a queda da Bolsa de Valores de Nova York, em 1929. O Banco Pelotense concentrava seu patrimônio em imóveis.
A expansão também teria contribuído para dificultar sua administração. O estreito relacionamento com o governo do Estado também não foi saudável. Entre as consequências dessa dependência estariam empréstimos garantidos com títulos da dívida pública de difícil resgate.
Também conta-se que a direção do Banco não tinha uma boa relação com a família de Getúlio Vargas, por questões pessoais, o que teria dificultado qualquer acerto com o governo brasileiro, a partir do momento em que o gaúcho chegou à presidência. A decadência da indústria do charque também foi importante neste processo de falta de liquidez.
Fonte: Acervo Bibliotheca Pública Pelotense
Há 50 anos
Soprano Ilka Machado faz recital de canto em Pelotas

Evento no Conservatório ocorreu no último dia de setembro (Foto: Reprodução)
O Conservatório de Música da Universidade Federal de Pelotas recebeu, no dia 30 de setembro de 1975, o recital da soprano mineira Ilka Machado. A realização do evento foi da Secretaria Municipal de Educação e Cultura, por meio do Programa de Ação Cultural do Ministério da Educação e Cultura.
Carreira
Nasceu em Barbacena, Minas Gerais, Ilka Machado, ainda menina obteve uma bolsa-de-estudos, em concurso de canto promovido no Rio de Janeiro pela Cia. Phillips do Brasil. A premiação a levou a estudar canto com a professora alemã Marion Matthaues com a qual viajou pela primeira vez para a Europa.
Na Alemanha foi contratada pelo maestro Eugen Szenkar no Teatro de Ópera de Mannheim onde passou dois anos, tendo iniciado sua carreira operística como Gretel na ópera de Humperdinck Hansel und Gretel.
De volta ao Brasil seguiu seus estudos e, posteriormente, voltou à Alemanha na década de 1960 fazendo apresentações com a Filarmônica de Berlim, por exemplo. De volta ao Brasil, foi contratada como professora da Universidade Federal de Pernambuco. Na época em que esteve em Pelotas, morava em São Paulo, onde atuava no Teatro Municipal.
Fonte: Acervo Bibliotheca Pública Pelotense