Lei proíbe circulação de bicicletas nos calçadões do Centro de Pelotas e da praia do Laranjal

sinalização

Lei proíbe circulação de bicicletas nos calçadões do Centro de Pelotas e da praia do Laranjal

Legislação foi promulgada pela Câmara e já está em vigor; Prefeitura estuda aplicação da fiscalização

Por

Lei proíbe circulação de bicicletas nos calçadões do Centro de Pelotas e da praia do Laranjal
Nos próximos dias, placas de sinalização serão instaladas para orientar e proibir a circulação de bicicletas nesses locais (Foto: Jô Folha)

Já está em vigor a lei que proíbe o tráfego de bicicletas nos calçadões do Centro de Pelotas e da praia do Laranjal. A fiscalização deve ficar a cargo da Secretaria de Transporte e Trânsito (STT). No entanto, a aplicação ainda é uma incógnita.

Nos próximos dias, placas de sinalização serão instaladas para orientar e proibir a circulação de bicicletas nesses locais. A lei só não se aplica durante a realização de eventos ciclísticos oficiais promovidos, autorizados ou apoiados pela prefeitura, desde que devidamente sinalizados e acompanhados por agentes de fiscalização – como agentes de trânsito e da Guarda Municipal.

De acordo com o vereador proponente, Paulo Coitinho (Cidadania), por enquanto, a norma se aplica apenas a bicicletas, podendo futuramente ser estendida a outros meios, como patinetes e triciclos. Ele explica que o objetivo principal é prevenir acidentes, visto o histórico de conflitos entre ciclistas e pedestres na cidade. Desta forma, os ciclistas deverão utilizar apenas as faixas dedicadas ao trânsito de bicicletas, como as já existentes em outras áreas da cidade, inclusive na praia.

Incógnita

O método de aplicação da fiscalização ainda está sendo desenvolvido pela prefeitura. Em nota, o Executivo informa que está realizando os estudos para visualizar a melhor forma de implementação dos dispositivos, mas ainda não há prazo para finalização dos estudos – apesar da lei já estar em vigor.

(Foto: Jô Folha)

Entre os pedestres que circulam pelo calçadão, a medida recebe apoio. Dona Gicelma Madruga, vendedora ambulante, afirma que a circulação intensa de bicicletas torna necessária a proibição. “Às vezes eles vêm a mil, a gente mal consegue sair da frente.” Marcos Antônio, também vendedor, concorda e acrescenta que pedalar no meio dos pedestres é perigoso: “Empurrar a bicicleta é uma coisa, mas em cima dela já é diferente. Pode pegar uma idosa, uma criança…”

O outro lado

No entanto, a restrição gera preocupações entre trabalhadores que utilizam bicicletas para entregas. Everton Ribeiro, entregador da plataforma iFood, acredita que a medida pode atrapalhar o serviço: “Acho que poderia ter uma liberação para quem faz entrega, porque não é a mesma coisa que quem está só andando de bicicleta. A gente tem cuidado ao circular, anda normal.”

Quem utiliza a bicicleta tanto para deslocamento quanto para lazer, como Júlio Gemiaki, também será impactado. Ele concorda com a restrição no calçadão do Centro, onde o fluxo intenso de pedestres torna a circulação de bicicletas arriscada. “Além dos ciclistas precisarem reduzir bastante a velocidade, a presença deles acaba atrapalhando quem caminha, e existem ciclovias nas vias laterais, que podem ser utilizadas como alternativa”, comenta. No entanto, discorda da aplicação na praia do Laranjal. “Na minha percepção, os pedestres de lá já estão mais acostumados a dividir o ambiente com bicicletas”.

Acompanhe
nossas
redes sociais