“Facilita parcerias, acesso a programas de incentivo e até a novos clientes”

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“Facilita parcerias, acesso a programas de incentivo e até a novos clientes”

Pedro Vieira - Empreendedor do setor de turismo

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Atualizado segunda-feira,
29 de Setembro de 2025 às 16:11

“Facilita parcerias, acesso a programas de incentivo e até a novos clientes”
Empresário atua em Morro Redondo (Foto: Acervo Pessoal)

Uma iniciativa que amplia a participação do turismo rural, valorizando a produção local e as experiências no campo, no turismo receptivo, anima o setor que busca informações. A partir da Lei Geral do Turismo e da Portaria do Ministério do Turismo, agricultores familiares podem se cadastrar como prestadores de serviços turísticos apenas com a Inscrição Estadual, sem a necessidade de CNPJ. O registro permite que famílias que recebem visitantes ou oferecem experiências agrícolas se inscrevam no Cadastur. O cadastro é gratuito e acessível mesmo para quem ainda está começando o negócio. O empreededor de Turismo e Diretor de Turismo de Morro Redondo, Pedro Vieira, do Sítio Morro de Amores, em Morro Redondo, está auxiliando outros empreendedores da Serra dos Tapes a se cadastrarem.

Como o cadastro pode ajudar o produtor a se inserir no turismo rural ou em novos mercados?
O cadastro abre portas. Ele mostra que o produtor está dentro da lei, regularizado e pronto para receber visitantes. Além disso, dá mais visibilidade, já que o empreendimento passa a aparecer em canais oficiais de turismo. Isso facilita parcerias, acesso a programas de incentivo e até a novos clientes que talvez nunca chegariam até a propriedade. Em resumo: é uma vitrine que conecta o campo ao mercado do turismo e, claro, tudo isso sem o produtor perder a sua seguridade especial.

Quais os principais desafios para a adesão dos produtores agrícolas ao Cadastur?
O maior desafio é a falta de informação e o medo de perder a seguridade especial. Muitos produtores ainda não sabem que têm direito ao cadastro gratuito (pensam que pode haver alguma taxa), ou acham que é algo complicado demais e que podem perder a sua seguridade especial.

O setor oferece alguma resistência?
Sim. Às vezes, o agricultor está focado apenas na produção e não enxerga o turismo como oportunidade, devido a preconceitos com o setor. Por isso, é importante uma orientação simples, passo a passo, para mostrar que o turismo pode ser um agregador de valor à produção e uma oportunidade maior de sucessão familiar.

Como os gestores avaliam essa medida?
Para nós, gestores, ainda há instabilidades no sistema. O site apresenta falhas recorrentes. Apesar do anúncio na Expointer, em setembro, a plataforma ainda não funciona plenamente.

De que forma o cadastro dialoga com o turismo rural e gastronômico, especialmente em regiões como Pelotas e a Zona Sul?
A Zona Sul ainda não aposta no setor como poderia. De um lado, a iniciativa privada muitas vezes não se sente segura para investir; de outro, o poder público nem sempre acredita no potencial do turismo rural e gastronômico. O cadastro vem justamente para dar mais visibilidade e segurança, mostrando que o setor pode ser organizado, reconhecido, valorizado e mais unido como região.

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