A evolução da engenharia ao longo dos anos vai proporcionar para a região a retomada da segunda ponte sobre o canal São Gonçalo. O principal fator para a obra é logístico: não corremos mais riscos de, diante de uma tragédia ou catástrofe, ter Rio Grande e Pelotas separadas por um canal, dependendo de balsa ou algo similar. E, acima de tudo, é mais um movimento de fortalecimento da logística da região, uma das veias pulsantes da nossa economia e do seu futuro. Conectar a própria Zona Sul para, daqui, ligar-se ao mundo é fundamental. Por isso, precisamos acelerar o passo.
O porto é nosso grande trunfo econômico. É a partir dele que a região vai ter que estruturar os investimentos – somado à questão energética e ao polo de saúde e inovação. Mais uma vez, conectar essas capacidades é fortalecer o próprio caminho para que se vá em conjunto adiante. Por isso, também, outras obras, como a conclusão da duplicação da BR-116, o lote 4 da BR-392 e a ponte entre Rio Grande e São José do Norte são tão importantes.
Ter em uma área de menos de 100 quilômetros um porto e um aeroporto, abastecidos por rodovias qualificadas e, futuramente, por uma ferrovia, é o que vai nos colocar como uma região competitiva. Por mais que haja clamor por muitas outras frentes, a Zona Sul deve pensar hoje na economia logística como um dos carros-chefes do futuro. Temos, entre outras coisas, uma relativa segurança ambiental, até, embora precise melhorar. Nossa resposta na enchente e as áreas que não alagam são trunfos fundamentais para atrair empresas e empreendimentos.
Há um clima positivista no ar da Zona Sul pela primeira vez em décadas, ontem, no Rota Fiergs, ficou claro que a região já é vista com outros olhos pelo restante do Estado. Deixamos um tanto da depressão que nos contaminava de lado e estamos mirando um futuro desenvolvimentista e de geração de emprego e renda. Tudo isso faz sentido quando as cidades andam juntas em prol dos resultados. E, para isso, todos devem estar a par e passo. Juntos, conseguiremos.
