Há 103 anos
Foi no mês de setembro de 1922, em meio às comemorações do primeiro centenário da Independência, que uma via da região do Porto de Pelotas ganhou o nome que chegou aos dias de hoje. O propósito da intendência (prefeitura) era demonstrar a gratidão ao político Francisco Xavier Ferreira. A via, que tem este político como patrono, foi projetada em 1888 pelo engenheiro Romualdo de Abreu e Silva.
Xavier Ferreira foi o deputado que, na Assembléia Provincial, propôs, em 1835, o nome Pelotas para a, até então, Vila de São Francisco de Paula.
“Pode ser que o leitor não goste do nome de Pelotas, pelos mais diferentes e respeitáveis motivos. No entanto, é preciso que saiba: se não fosse a emenda de Xavier Ferreira, poderia estar chegando agora às últimas linhas de um livro sobre os passeios antigos da cidade de São Francisco de Paula (do Sul!). De um guia histórico das ruas de Calópolis. Ou de Pelotapes. Ou da Próspera Cidade”, registrou o historiador Mario Osorio Magalhães, autor de Os passeios da cidade antiga.
Trajetória
O farmacêutico, jornalista, poeta e político Francisco Xavier Ferreira, nasceu na Colônia de Sacramento (Uruguai) em 4 de dezembro de 1771, casou-se com Ana Joaquina em 1793 em Rio Grande, onde abriu uma farmácia e, por isso, ganhou o apelido de Chico da Botica. Ferreira, em 7 de abril de 1831, imprimiu o primeiro texto publicado em terras rio-grandinas.
Nessa mesma tipografia, imprimiu os jornais O Noticiador, o primeiro jornal rio-grandino, e O Propagador da Indústria, de José Marcelino da Rocha Cabral. Em 1835, é eleito deputado na 1ª legislatura da Assembléia Legislativa Provincial do Rio Grande do Sul e sua participação é considerada fundamental na lei que elevou a vila de Rio Grande (1835) à categoria de cidade, assim como atuou no projeto que deu o nome de Cidade de Pelotas (1835) à cidade vizinha.
Fonte: site fontes.furg.br
Há 95 anos
Félix da Cunha ganha um Centro dos Estudantes

Iniciativa das alunas do colégio foi em 1930 (Foto: Reprodução)
Um grupo de alunas do, então, Colégio Elementar Félix da Cunha fundou o Centro dos Estudantes da instituição, em 20 de setembro de 1930. A nova entidade tinha o objetivo de organizar festas, prestar auxílio aos estudantes carentes e até premiar os que se destacassem nas atividades escolares.
Para homenagear a recém eleita Miss Universo, a pelotense Yolanda Pereira recebeu o título de presidente de honra do Centro. A miss tinha sido aluna do Félix da Cunha.
Para dirigir os destinos do Centro foi eleita a primeira diretoria, tendo a seguinte nominata: presidente, Maria Souza; vice-presidente, Cora Del Grande; 1a. secretária, Talitha Brunet; 2a. secretária, Eugenia Rodrigues; tesoureira, Laura Pancinha; tesoureira adjunta, Ivette Conceição; oradora, Judith Castro; segunda oradora, Daura Neve; bibliotecária, Noemia Lhuillier, com Yolanda Rosa, como substituta.
O conselho do Centro dos Estudantes tinha as seguintes representantes: Antonia Des Essarts Carvalho; Jenny Torres, Suelly Cunha, Rosinha Lemos, Maria de Lourdes Lhullier e Didi Azevedo.
Há 50 anos
Arlinda Nunes apresenta telas na Bibliotheca Pública Pelotense

Artista foi aluna do pintor italiano Aldo Locatelli (Foto: Divulgação)
A artista plástica Arlinda Nunes expôs no mês de setembro, em uma sala da Bibliotheca Pública Pelotense, telas com inspiração na arte moderna. A mostra foi realizada pela então Secretaria Municipal de Educação e Cultura e pelo curso de artes da professora e artista Inah Costa.
As obras de Arlinda começavam a se afastar do academicismo. Na época, a pelotense formada pela Escola de Belas Artes da cidade, onde foi aluna, por exemplo, de Aldo Locatelli, começava a introduzir o abstracionismo e o concretismo na sua arte.
“Arlinda, na sua notável personalidade, sugere sua mensagem pictórica num vocábulo exclusivo. Oferecendo infinitas sugestões em cada passo da procura de novas formas. É muito colorista, pensa não só no traço, mas através da cor, numa função criativa cheia de convicções próprias”, analisou a artista e professora Yná Costa, na época.
Depois desta, Arlinda seguiu com a mostra para Uberlândia, Brasília e Porto Alegre. A pelotense ainda tinha exposições no Uruguai e na Argentina.
Fonte: Acervo da Bibliotheca Pública Pelotense