“É um evento para que as pessoas prestem mais atenção nesse setor que o Brasil é referência”

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“É um evento para que as pessoas prestem mais atenção nesse setor que o Brasil é referência”

Nóris Leal - professora da UFPel e diretora do Museu do Doce

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“É um evento para que as pessoas prestem mais atenção nesse setor que o Brasil é referência”
Nóris convida para a Primavera dos Museus. (Foto: Divulgação)

Coordenada pelo Instituto Brasileiro de Museus, inicia na nesta semana com o tema “Museus e Mudanças Climáticas”, a 19ª Primavera dos Museus. O evento nacional tem a participação dos três museus de Pelotas com uma programação especial e horário estendido de atendimento ao público. A diretora do Museu do Doce, Nóris Leal, explica sobre o evento voltado a mobilização social e a relevância da rota de museus de Pelotas.

O que é a 19ª Primavera dos Museus?

Nacionalmente, desde 2003, quando começou a se desenvolver a Política Nacional de Museus, se desenvolveu também grandes eventos nacionais. Um é em maio, no Dia Internacional dos Museus, no dia 18 de maio, e o segundo é a Primavera dos Museus.

O Instituto Brasileiro de Museus define o tema a cada ano e os museus produzem uma programação especial para esse evento. A gente sempre se prepara para essas duas datas nacionais e tem toda uma divulgação de todos os museus com programação pelo Instituto dos Museus.

É um evento para que as pessoas prestem mais atenção nesse setor que o Brasil é referência internacional em relação à política de museus, e é importante ter um instituto que pensa em políticas e no fomento do setor. A UFPel foi a terceira universidade no país a ter o curso de Museologia.

Como é o sentimento de ser uma das responsáveis pelo Museu do Doce?

É muito bom porque mostra todo o potencial que a cidade tem em relação ao turismo, a memória e ao patrimônio cultural, tanto que a gente trabalha tanto o material que é a casa [Casarão 8] quanto o imaterial que é o doce. E o quanto isso é importante para desenvolver a cidade.

Como é a conexão com a UFPel?

O museu é considerado um laboratório para todos os cursos da universidade. Ele está ligado ao Instituto de Ciências Humanas. Sempre os diretores são do departamento de Conservação e Restauro e de Museologia, mas temos professores de diversos cursos trabalhando com a gente em projetos e levando a ciência para a comunidade.

A UFPel tem uma das redes de museus mais antigas do país e nos começamos a trabalhar pela manutenção desses museus. A gente tem muitos museus, tem os museus virtuais, temos os três museus que estão na volta da praça, o do Doce, o Carlos Ritter e o Malg, e esses estarão abertos na próxima semana das 10h às 18h, sem fechar ao meio-dia. Isso de terça-feira a domingo e todos com uma programação pensada para a Primavera dos Museus.

E qual é a história do prédio do Museu do Doce?

A casa é de 1878 e foi construída para a moradia do conselheiro Francisco Antunes Maciel e da sua mulher Francisca Antunes Maciel. Ele foi um político extremamente importante para a cidade, representante dos charqueadores, e o filho dele, Francisco Maciel Jr., foi o primeiro ministro da Justiça de Getúlio Vargas. Aquela casa foi tombada pelo Iphan junto com o [casarão] 6 e a 2 em 1977

A casa foi escolhida [para o museu] porque ela está diretamente relacionada com a tradição doceira. Os casarões da praça são parte da história da cidade e do doce. A gente precisa conhecer e preservar o que a gente tem.

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