A disputa pela herança política de Bolsonaro ganha um novo capítulo

Opinião

Pedro Petrucci

Pedro Petrucci

Jornalista

A disputa pela herança política de Bolsonaro ganha um novo capítulo

Por

Frente Parlamentar

A Câmara de Pelotas aprovou um decreto legislativo que cria a Frente Parlamentar contra os pedágios abusivos na Zona Sul. Decisão que busca dar voz à crescente insatisfação popular com as tarifas de pedágio na região e se configura como um avanço importante na busca por soluções para um problema que afeta a economia local e o dia a dia de milhares de pessoas. É um debate que não é novidade, mas que é importante sempre ser ressaltado. Pedágios caros encarecem o transporte de mercadorias, o que eleva o preço final de produtos para o consumidor. Além disso, inibe o turismo e o comércio entre as cidades, prejudicando o desenvolvimento regional. Uma ação semelhante já ocorreu na Assembleia Legislativa, com a Frente Parlamentar em defesa de um novo modelo de pedágio no Polo Rodoviário de Pelotas. Em ambos os casos, a mobilização política da região não se posiciona contrária ao pedágio, mas sim tarifas e contrapartidas mais justas da concessionária.

Oportunidade

A agência Sine/FGTAS de Pelotas está oferecendo mil vagas de emprego temporário para a função de auxiliar de produção em uma fábrica de pêssego em conserva. As entrevistas ocorrerão hoje, das 9h às 12h, na agência localizada na rua General Osório, 602. O único requisito é ser maior de 18 anos. A empresa oferece transporte gratuito em diversos bairros de Pelotas, além de alimentação. A coordenadora do Sine, Evanir Barz, informa que o processo de seleção será ágil, com fichas distribuídas por ordem de chegada para otimizar o atendimento. A oferta de vagas está ligada à projeção de uma safra de pêssego maior.

A disputa pela herança política de Bolsonaro ganha um novo capítulo

A decisão do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), de descartar uma candidatura presidencial em 2026 e priorizar a reeleição no Palácio dos Bandeirantes muda a equação da sucessão dentro do campo bolsonarista. Até aqui, Tarcísio era considerado o nome mais competitivo para representar o eleitorado conservador em nível nacional: tem boa avaliação de governo, transitava com relativa facilidade entre o mercado e as alas ideológicas da direita e aparecia em pesquisas como o herdeiro preferencial dos eleitores de Jair Bolsonaro (PL). Com ele condenado e inelegível, seus apoiadores enfrentam o desafio de encontrar um substituto capaz de unir a base mobilizada do ex-presidente e, ao mesmo tempo, ampliar sua inserção em outros segmentos do eleitorado.

O cenário, porém, é fragmentado. A ex-primeira-dama Michelle surge como hipótese viável pela identificação com pautas religiosas e conservadoras. Sua presença tem força simbólica, mas sua ausência de experiência política e administrativa pode pesar em um pleito presidencial. Já o deputado Eduardo Bolsonaro representa a continuidade direta do discurso do pai. Tem fidelidade junto ao núcleo ideológico mais duro, mas enfrenta dificuldades para atrair votos fora desse círculo e lida com altos índices de rejeição. Entre nomes de fora da família, Romeu Zema, governador de Minas Gerais pelo Novo, aparece como uma alternativa. Ratinho Junior (PSD-PR), também poderia disputar esse espaço, embora não tenha, até agora, demonstrado intenção clara de se colocar como sucessor.

Anistia

Com os votos favoráveis de Daniel Trzeciak (PSDB) e Afonso Hamm (PP), e contrário de Alexandre Lindenmeyer (PT), a urgência para um projeto de lei que trata da anistia foi aprovada pelo Congresso. Do Rio Grande do Sul, 20 foram a favor e 11 foram contra.
Ao todo, foram 311 votos favoráveis, 163 contrários e 7 abstenções. A decisão de pautar a votação foi tomada pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), após reunião com líderes partidários ocorrida mais cedo.

Agronegócio familiar

O projeto de lei que aumenta de 30% para 45% a compra de alimentos da agricultura familiar para a merenda escolar representa um avanço para o nosso desenvolvimento regional. É verdade que nossa cidade tem três cooperativas cujo as demandas escolares são de aproximadamente 80%. Mas há um acréscimo positivo. A medida cria um mercado mais garantido para os pequenos produtores da região, injetando recursos diretamente na economia local.

Com o aumento, mais recursos do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) serão direcionados para a compra de produtos locais, como pêssego, morango e aipim, beneficiando diretamente agricultores de municípios.

Além disso, a lei fortalece a economia rural e melhora a qualidade da alimentação nas escolas gaúchas, unindo o campo e a cidade.

O requerimento de urgência acelera a tramitação da matéria, dispensando e reduzindo formalidades regimentais e prazos. Com isso, o texto poderá ser votado diretamente em plenário em qualquer momento sem precisar passar pelas comissões.

O presidente da Câmara argumenta que o país precisa de pacificação. O deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP) foi escolhido como o relator. Em entrevista, ele descartou totalmente a possibilidade de aprovação de uma anistia ampla, geral e irrestrita.

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