A cidade de Pelotas, conhecida por sua forte cena de hip hop, abriga a exposição Cinco Elementos Extremo Sul, a partir deste sábado (13). Esta é a primeira mostra do Museu da Cultura Hip Hop do Rio Grande do Sul fora de sua sede. Além do acervo da entidade, criada em 10 de dezembro de 2023, em Porto Alegre, o espaço expositivo do Museu de Arte Leopoldo Gotuzzo, da Universidade Federal de Pelotas, também abriga muitas referências desta cultura no município.
A abertura ocorreu às 15h com uma ação no Largo Edmar Fetter (Mercado Central), na frente do Malg. Com a participação do DJ Cass, a cerimônia contará com a presença do prefeito Fernando Marroni, da diretora do Malg, Lizangela Martins Costa, e da reitora da UFPel, Ursula Rosa. A prefeitura e a Universidade são parceiras nesta exposição.
A exposição destaca os cinco elementos do hip hop: o MC, o DJ, o grafite, o breaking e o conhecimento. Cada um deles é apresentado de forma a educar e envolver o público, mostrando que o hip hop vai além da música, sendo uma cultura com ética própria, baseada em amor, união, paz e diversão consciente, segundo o professor Rafael Mautone Ferreira, um dos curadores da mostra. Em Pelotas a iniciativa teve a curadoria Regional dos artistas Gabriel Cass e Thiago da Costa Moura, o Gagui IDV. O evento é aberto ao público
Experiência interativa
Rafael Ferreira, também coordenador geral da Associação da Cultura Hip Hop, explica que a iniciativa do museu surgiu em 2019, com o objetivo de preservar e promover o movimento. A associação, que também inaugurou a primeira casa de hip hop do Rio Grande do Sul em Esteio, busca formas de expandir suas atividades e alcançar um público mais amplo.
“A gente está muito feliz por poder trazê-la para Pelotas, que é uma das cidades que tem o hip hop mais forte. E tem essa potência toda de ser a cidade mais negra do Rio Grande do Sul, essa representatividade. A gente está muito feliz em mostrar como a cultura está bem integrada aqui em Pelotas,”, fala Ferreira.
Além de apresentar a história e a arte do hip hop, a exposição oferece uma experiência interativa, onde os visitantes podem participar de workshops e vivências práticas, como grafite e dança. A mostra estará aberta ao público até 13 de outubro, com planos de ser transferida para a UFPel até o final do ano.
Ferreira comenta que o Museu traz uma exposição de memória, com o objetivo de sensibilizar os visitantes. “Vai tocar os artistas, a comunidade do hip hop, porque as pessoas vão se enxergar. O hip hop tem como pilares o amor, a união, a paz e a diversão consciente. Essa é a ética do hip hop.