Há 95 anos
Em uma reunião na Associação Comercial de Santa Maria, autoridades e empresários trataram da construção da estrada de ferro Santa Maria–Pelotas. A sessão foi presidida pelo então prefeito santamariense, Manuel Ribas. Uma ata do encontro foi enviada à Associação Comercial e ao Rotary Club de Pelotas, que também trabalhavam para o estabelecimento dessa linha. A demanda tinha o apoio do governador da época, Flores da Cunha. Entretanto, passados os anos, a ligação entre os dois municípios nunca chegou a ser concretizada.
O projeto de ligação entre Pelotas e Santa Maria era uma demanda antiga. Tanto uma cidade quanto a outra possuíam redes ferroviárias desde o final do século 19 e foram polos de suas regiões nesse setor, porém nunca foram conectadas por uma única linha.

Túnel da Maciel virou atração turística (Foto: Reprodução)
Apaixonado pelo tema, o pesquisador José Eugênio Perez, o seu Juca do Basílio, relembra que a linha chegou a ser projetada e que a construção foi iniciada, mas parou em Canguçu. “Esse ramal funcionou. E até fizeram um teste de trem carregado de Rio Grande até Canguçu”, recorda.
O ramal Pelotas–Canguçu, para trem de passageiros, foi inaugurado em 1952. Entretanto, em 1962, a linha foi descontinuada em função dos custos para reforçar as pontes e túneis entre Pelotas e Canguçu. Entre os dois municípios existiram sete estações: Inspetor Moisés, Monte Bonito, Engenheiro Barbosa Gonçalves, Cadeia, Colônia Maciel, Inspetor Virgílio e Canguçu. “Eu conheci algumas delas, mas foi tudo desestimulado pela construção das grandes rodovias”, relembra o pesquisador.
Ecoturismo
Entre os destaques da implantação da ferrovia Pelotas-Canguçu estão a ponte construída pelo 1°- Batalhão de Engenharia do Exército, um marco na engenharia local. Também o túnel ferroviário da Colônia Maciel, aberto em 1952, mas que nunca cumpriu sua função original. O engenhoso trabalho se tornou um ponto de interesse histórico e turístico na região rural de Pelotas.
História esquecida
Segundo Perez, o Rio Grande do Sul chegou a ter 3,8 mil quilômetros de ferrovia, número que posteriormente encolheu para 1,6 mil. Após as enchentes dos últimos anos, a extensão foi reduzida para 961 quilômetros em operação. “Atualmente, tem locomotiva que está ilhada na região da Serra, porque não existem mais trilhos. Estamos isolados de Santa Catarina e não há transporte ferroviário para São Paulo, porque tudo foi abandonado após as enchentes: túneis e trilhos desmanchados. Então, temos menos trens ainda. Só restam trens de Cruz Alta ao Porto do Rio Grande; para cima não há mais’, lamenta o pesquisador.
Fontes: Acervo Bibliotheca Pública Pelotense
Há 50 anos
Governo prepara lançamento de novo programa tributário

Reunião ocorreu na Associação Comercial de Pelotas (Foto: Reprodução)
A Associação Comercial de Pelotas abrigou reunião que tinha por objetivo construir estratégias para o lançamento do Programa de Promoção Tributária – ICM-Pró-Desenvolvimento, instituído pelo Decreto n° 23.961, de 18 de julho de 1975. Participaram do encontro o coordenador regional de fiscalização do ICM, Renato Fonseca Viana; o presidente da ACP, Ayres de Jesus Pereira, e o presidente do Centro das Indústrias, Carlos Alberto Brod.
A proposta buscava qualificar o sistema fiscal para que fossem maximizados os pagamentos espontâneos do tributo devido em função da repartição de encargos eleitos pela política fiscal do governo. O programa buscou minimizar a evasão tributária, evitando acréscimos nos índices de pressão fiscal.
O ato solene do lançamento estava programado para o dia 15 de setembro, à noite, no Tourist Parque Hotel com a presença de autoridades federais, estaduais e municipais, dirigentes e integrantes de associações de classe, clubes de serviços, sindicatos, profissionais liberais e empresários da Região Sul.
Seminário
Dentro da programação de lançamento estava o 1º. Seminário de Integração Fisco-Contribuinte, que ocorreu entre os dias 16 e 18. As inscrições eram realizadas junto à Coordenadoria Regional do ICM, Associação Comercial, Centro das Indústrias e Sindicatos dos Contabilistas.