Senador Pinheiro Machado é assassinado por gaúcho de Cacimbinhas

Opinião

Ana Cláudia Dias

Ana Cláudia Dias

Coluna Memórias

Senador Pinheiro Machado é assassinado por gaúcho de Cacimbinhas

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Há 110 anos

Chegava à Zona Sul a notícia da morte do político gaúcho José Gomes Pinheiro Machado. Aos 64 anos, o cruzaltense, um dos mais influentes da República Velha (1889-1930), foi assassinado pelo conterrâneo Francisco Manso de Paiva Coimbra, que na época tinha 29 anos.

Advogado, casado com a paulista Benedita Brazilina da Silva Moniz, era republicano e, logo após a proclamação da República, em 1889, foi eleito senador e participou da constituinte (1890/1891), no Rio de Janeiro. Com a eclosão da Revolução Federalista (1893-1895) no Rio Grande do Sul, em 1893, deixou o Senado Federal, para combater o movimento armado no comando da Divisão Norte, organizada por ele.

Senador era de Cruz Alta (Foto: Reprodução)

Sagrou-se vitorioso ao derrotar os revolucionários comandados por Gumercindo Saraiva na Batalha de Passo Fundo (1894). O feito rendeu ao gaúcho o título de general de brigada. Após a revolução, retornou ao senado, onde permaneceu até ser morto.

Crime e castigo

Pinheiro Machado foi assassinado apunhalado pelas costas por Manso de Paiva, às 16h30min de 8 de setembro de 1915. O senador foi atacado no saguão do Hotel dos Estrangeiros, no Flamengo, onde visitaria Rubião Júnior, político do Partido Republicano Paulista. O gaúcho vinha do Senado e estava em companhia dos deputados federais paulistas Cardoso de Almeida e Bueno de Andrade. Suas últimas palavras teriam sido: “Ah, canalha! Apunhalaram-me!”.

O assassino não tentou fugir: entregou o punhal a Cardoso de Almeida e esperou a polícia para ser preso. Foi condenado a 30 anos de prisão, mas recebeu um indulto presidencial em 1935. Morreu no final da década de 1960, sempre alegando ter agido sozinho.

Homenagem na Zona Sul

A violenta morte do senador causou comoção no país e resultou até na mudança de nome de um município da Zona Sul gaúcha. A atual cidade de Pinheiro Machado foi rebatizada em homenagem a José Gomes Pinheiro Machado (1852-1930).

A localidade, chamada por Nossa Senhora da Luz das Cacimbinhas, era o local de nascimento do assassino do famoso político. A mudança de nome agiu como um desagravo da comunidade ao ato cometido por um filho da terra. Além desta, entre outras homenagens, em 1931, foi inaugurado o monumento ao senador Pinheiro Machado, na Praça Nossa Senhora da Paz, no bairro de Ipanema, no Rio de Janeiro.

Fontes: Acervo Bibliotheca Pública Pelotense; wikipedia.org

Há 50 anos

Prefeito tem encontro com o presidente da República

Geisel e Alcântara falaram sobre o polo petroquímico (Foto: Reprodução)

O prefeito de Pelotas, Ary Acântara, relatou à imprensa detalhes das suas atividades na Capital Federal. Além de ter sido recebido pelo presidente da República, Ernesto Geisel, manteve encontros com dez ministros de Estado.

Alcântara revelou que, entre os assuntos tratados na reunião de 50 minutos que esteve com Geisel, solicitou o aproveitamento de Pelotas e Rio Grande para a instalação de unidades do terceiro pólo petroquímico. Sobre o tema, o prefeito levantou as condições privilegiadas destas cidades, principalmente em relação à mão-de-obra qualificada.

Recursos

Geisel disse, na época, que considerava justa a reivindicação dos dois municípios, porque havia interesse do governo na descentralização industrial. Entre as conversas com os ministros, o prefeito gestionou com a pasta do Interior, obras de saneamento do bairro Cruzeiro e da Vila Castilhos, bem como a canalização das valetas do bairro Três Vendas. O ministro Rangel Reis acenou com 60% do valor dessas obras.

Fonte: Acervo BPP

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