Há 50 anos
As celebrações dos 153 anos da Independência brasileira, oficialmente, foram abertas no dia 1º do mês com a chegada da Centelha do Fogo Simbólico, no Altar da Pátria, da então praça Júlio de Castilhos, atual Dom Antônio Zattera. Já o encerramento ocorreu no dia 7, no Centro Português 1º de Dezembro.
Em setembro de 1975, o encerramento das festividades da Semana da Pátria, como em anos anteriores, desde que foi instituída a Liga de Defesa Nacional, sob presidência do professor Apody Almeida Oliveira, ocorreu com sessão solene no Centro Português 1º de Dezembro.
O ato, em homenagem à comunidade lusa radicada na região, teve como orador o professor Alberto Orlando da Eira Rebelo, natural de Lobito, província de Angola. Na época, a 8ª Brigada de Infantaria Motorizada liderava a campanha patriótica Coloque em sua janela uma faixa verde e amarela. O objetivo era despertar o senso cívico.
Fonte: Acervo Bibliotheca Pública Pelotense
Há 95 anos
Leopoldo Gotuzzo fala sobre os três anos em que viveu na Europa

Pelotense nasceu em 1887 (Foto: Reprodução)
Depois de uma ausência de três anos, Leopoldo Gotuzzo (1887-1983) voltava ao Rio de Janeiro. Uma das figuras de destaque das artes plásticas brasileiras daquela época, o pintor pelotense recebeu, em sua casa, a reportagem do Jornal do Brasil para contar sobre sua viagem pela Europa. A entrevista chegou à imprensa local em 4 de setembro de 1930.
“Quando, há três anos passados, parti do Rio para Portugal, contava-me demorar em terra portuguesa apenas três meses. Ali chegado, comecei a trabalhar. E descobri um Portugal que eu não conhecia, um Portugal maravilhoso, verdadeiro tesouro de arte incomparável. Ganhou-me um santo entusiasmo pela terra e, de província em província, eu a percorri toda”, contou ao jornalista.
Ainda sobre essa peregrinação, disse: “Os aspectos em Portugal mudam de província para província. Tenho a impressão de que o Algarve é um tudo diferente de Trás-os-Montes: desde o céu, a terra, a arquitetura, a vegetação, os costumes, o povo, os animais; o que não muda ali é a alma portuguesa, que é sempre de uma doçura incomparável”, descreveu.
Arte moderna

Pintor estava em grande momento na carreira (Foto: Reprodução)
Sobre o trabalho fora do Brasil, Gotuzzo contou que nunca deixou de produzir. “À medida que realizava a minha peregrinação, trabalhava ininterruptamente, sem descanso”, afirmou, destacando a receptividade portuguesa à sua obra.
O artista também esteve em outras cidades europeias, como Paris, onde expôs na Galeria Mona Lisa, então uma das mais importantes da capital francesa. Questionado sobre a arte produzida naquele momento, observou: “O modernismo ainda está em plena moda. Não creio que isso faça mal à pintura, como nós a compreendemos. Depois desses exageros, eles voltarão aos moldes antigos. A verdade é que, em todo esse movimento, há sempre um colorido magnífico, que impressiona e encanta, há um traço que revela um mestre”.
Fonte: Acervo Bibliotheca Pública Pelotense
Há 100 anos
Abertura do Apollo tem concerto de orquestras
A dupla de empresários Francisco Santos e de seu sócio Francisco Vieira Xavier inaugurou em 4 de setembro de 1925 o Cine-Teatro Apollo, em Pelotas. O empreendimento foi construído na rua Gomes de Carneiro esquina com Félix da Cunha.

Cine-teatro da Gomes Carneiro (Foto: Reprodução)
O programa começou às 20h, com a execução da sinfonia da ópera O Guarany, de Carlos Gomes. A execução foi feita pelas orquestras do Sete de Abril unida à do Apollo. A proposta era de que a casa praticasse preços populares.
Fonte: Acervo Bibliotheca Pública Pelotense