A prefeitura de Santa Vitória do Palmar divulgou que os ventos, que atingiram uma localidade distante 16 km do perímetro urbano, foram superiores a 150 km/h. O evento climático extremo, que ainda não foi definido pelas autoridades, foi registrado na manhã de quarta-feira (3), durante o temporal que atingiu a região Sul. Ninguém ficou ferido.
De acordo com as informações, o fenômeno ocorreu na localidade de Canelões e durou cerca de dois minutos, provocando danos em uma extensão de aproximadamente 2,5 km.
No evento, foram registrados danos em vegetação, na fiação elétrica, em uma residência desabitada e em um veículo que transitava em direção a Santa Vitória pela BR-471, sendo arremessado para a pista contrária em decorrência dos ventos. O condutor não se feriu.
Na tarde de quinta-feira (4), técnicos da Defesa Civil Regional, junto com a coordenação municipal do órgão, realizaram sobrevoo da área atingida com drones, para avaliar a dimensão dos estragos e reunir mais informações para, assim, definir se o que ocorreu foi um tornado ou uma microexplosão atmosférica. A definição será feita por uma equipe de meteorologia da Universidade Federal de Pelotas (UFPel).
Falta de energia
Segundo a Defesa Civil de Santa Vitória do Palmar, em um primeiro momento, 98,61% dos 24.607 clientes da CEEE Equatorial ficaram sem energia elétrica. O fornecimento foi restabelecido em grande parte do município cerca de meia hora depois. Entretanto, até a noite de quarta-feira ainda havia cerca de 950 pessoas sem energia, número que caiu para aproximadamente 340 clientes na tarde de quinta.
O vento derrubou aproximadamente 80 postes de energia, além de sete torres de transmissão e diversas árvores.
Outros registros
A instabilidade, que trouxe períodos de chuva intensa e rajadas de vento entre terça (2) e quarta-feira para todo o Rio Grande do Sul, também causou danos que foram reportados à Defesa Civil Regional.
Em Capão do Leão, os ventos fortes derrubaram uma árvore sobre uma casa. Ninguém ficou ferido, restando apenas danos materiais. Já em Piratini, as chuvas intensas prejudicaram a trafegabilidade em estradas e deixaram aproximadamente 22 pontes submersas no interior. Até o momento, o órgão confirmou que sete pontes foram arrastadas pelas águas.
Por conta disso, há dificuldade no escoamento da produção de leite da região de isolamento do 2º, 3º e 4º distritos de Piratini, cujo acesso está sendo possível apenas pelo interior de Pelotas. Está sendo feito o levantamento dos danos e do número total de afetados.