A ex-prefeita de Pelotas e atual Secretária Extraordinária de Relações Institucionais do Estado, Paula Mascarenhas, em entrevista à Rádio Pelotense, trouxe novidades sobre a segurança pública, incluindo a criação de uma Delegacia de Crimes Rurais em Rio Grande. A secretária também detalhou um projeto-piloto de prevenção à violência contra a mulher, focado no tratamento das masculinidades. Por fim, comentou sobre os desafios de sua pré-candidatura ao governo do Estado e o futuro político do Rio Grande do Sul.
O plano é instalar a nova Delegacia de Polícia Especializada na Repressão aos Crimes Rurais e Abigeato (Decrab) em Rio Grande até o final de 2025. O anúncio foi feito pelo secretário de Segurança Pública, Sandro Caron, durante uma audiência pública na Assembleia Legislativa. A nova delegacia irá transformar o atual núcleo de combate a crimes rurais, ampliando o efetivo e a capacidade de atuação na região.
“A Decrab que atende a Zona Sul hoje fica em Camaquã, e a área é muito extensa. A transformação do núcleo em delegacia em Rio Grande vai atender de forma muito mais efetiva toda a nossa Zona Sul”, explicou a secretária, que participou da audiência representando o governador Eduardo Leite (PSD).
A medida é resultado de um esforço conjunto, que incluiu ofícios enviados pela secretária quando ainda era prefeita de Pelotas, em parceria com o Sindicato Rural da cidade. A expectativa é que a nova delegacia reforce a segurança e a estrutura de combate ao abigeato e outros crimes rurais na região, abrindo também mais oportunidades para servidores da Polícia Civil.
Masculinidades
Outro ponto destacado por Paula é o lançamento de um projeto-piloto para a prevenção da violência contra a mulher. A iniciativa é uma parceria do governo do Estado com o Instituto Promundo e a Fundação Chanel, e busca tratar as masculinidades e a escuta de homens para construir uma sociedade mais saudável e segura.
O projeto, que terá a participação de quatro municípios (Ronda Alta, São Leopoldo, Bagé e Rio Grande), vai capacitar servidores públicos com o objetivo de que eles saibam identificar e lidar com pessoas que estejam passando por traumas ou sofrendo com a violência.
“A gente fala muito da mulher nesta pauta, da rede de apoio, da denúncia. Tudo isso é super relevante, mas deixa em segundo plano a questão do homem. A gente precisa tratar das masculinidades, não só do homem agressor, que precisa de tratamento, mas também dos meninos”, ressaltou.
Segundo a secretária, o projeto tem o objetivo de ajudar a criar uma sociedade mais tolerante, humana e que saiba superar conflitos de forma não violenta. O trabalho, que será replicado para o restante do Estado, começa com a capacitação dos servidores estaduais, desde o alto escalão até a ponta, para que todos tenham as ferramentas para contribuir com a construção de uma sociedade melhor.