Há 100 anos
O jornalista e poeta Afonso Lopes de Almeida estava em Pelotas para realizar uma conferência. O evento aconteceu na Bibliotheca Pública Pelotense, no dia 4 de setembro de 1925.
O tema da conferência foi A vida no Rio, a qual Almeida ilustrou com caricaturas. O poeta e cronista abordou aspectos econômicos e sociais, desde a fundação da cidade, que na época era a capital federal do Brasil. “Como se desenvolveu a atividade econômica no Rio dos tempos da colônia portuguesa: a indústria do sabão e o comércio de mondubim e tremoços. As onças do largo da Carioca. O nascimento do maxixe”, antecipava Almeida à imprensa local.
Filho de ativista social
Bacharel em Direito, o carioca Afonso Lopes de Almeida (1889-1953) era filho primogênito do casal de escritores brasileiros: o poeta Francisco Filinto de Almeida e a Júlia Valentina da Silveira Lopes, escritora, jornalista, iluminista, abolicionista e defensora da educação e dos ideias feministas. O casal ainda teve os filhos Albano (desenhista e pintor), Margarida (escultora e declamadora) e Lúcia (pianista).
Almeida foi orador, jornalista, poeta e diplomata e por longos anos militou na Imprensa carioca, em jornais como A Imprensa, Gazeta de Notícias, O País e A Época, no qual foi redator, secretário e depois redator-chefe. Também colaborou em diferentes publicações de outros estados, especialmente no Estado de São Paulo.
Há 50 anos
“Propagandista” quer voltar para as ruas

Ferreira imitava o Chacrinha (Foto: Reprodução)
Figura folclórica da área central de Pelotas, o propagandista Moacir Pedro Ferreira voltava ao município, depois de um período de ausência. Na época, ele revelou que estava em uma situação difícil desde que tinha sido impedido de trabalhar para o comércio local.
Ferreira atuava com o seu megafone e com uma vestimenta que lembrava o visual do comunicador e apresentador carioca Chacrinha.
Ferreira foi informado pela Secretaria de Serviços Urbanos que havia uma lei proibindo serviços de alto-falantes pelas ruas da cidade. Porém, várias empresas comerciais solicitavam o trabalho de divulgação oferecido pelo comunicador.
Em 1975, Moacir Ferreira declarou ter 29 anos na profissão de “propagandista” e que tinha vindo a Pelotas em busca de um filho que era militar e há muito ele não via. Superado esse desacerto com a prefeitura, o “garoto propaganda” voltou a atuar, principalmente no calçadão de Pelotas, por mais de 20 anos.
Fontes: Diário Popular/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense
Há 83 anos
Escola Assis Brasil instala Centro Cívico e homenageia o escritor Fernando Osório
Em plena Segunda Guerra Mundial, os pelotenses deram mais uma demonstração de apoio ao país que enviava pracinhas à Europa, no combate ao Eixo. A exemplo de outras entidades, a Escola Complementar Assis Brasil realizou a solenidade de instalação do Centro Cívico Doutor Fernando Osório, no final de agosto de 1942. O evento contou também com a inauguração de um retrato do homenageado, reunindo familiares, amigos e autoridades.
A cerimônia foi presidida pelo doutor Aristides Bittencourt, representante do prefeito municipal. Após a execução do Hino Nacional, a professora Hermelinda F. Schenkel destacou as finalidades do centro cívico, seguido da posse da primeira diretoria, formada por: Sueli Ferreira da Siqueira (presidente), Florisbela M. Barbosa (vice), Maria de L. Hecktheuer (1ª secretária), Helni Berta Ziebell (2ª secretária), Loiva Valente (1ª tesoureira), Zeni Maria da Cunha (2ª tesoureira), Moêma Quadrado Leite (bibliotecária e arquivista) e Moraina Nunes Garcia (oradora).
O retrato do doutor Fernando Osório (1886-1939) foi descerrado por sua filha, a poetisa Noemi de Assumpção Osório, a Mimi (1914-1990). Na ocasião, a professora Santuzza Lemos discursou sobre a trajetória do intelectual pelotense, sendo suas palavras agradecidas por Noemi em uma oração que emocionou a todos.
Encerrando o ato, a agremiação da escola apresentou em coral Sabemos lutar e Canção do Estudante, com acompanhamento ao piano da professora Dulce Boeckel.
Fontes: Diário Popular/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense