Quando o movimento é coletivo e alinhado, as coisas acontecem. Temos mais um exemplo claro para a região, com o anúncio feito por Paula Mascarenhas da garantia de uma delegacia contra crimes rurais em Rio Grande. Pressão que subiu nas últimas semanas e já consolidou em um resultado. Comunidade e lideranças se alinharam por uma ideia e levaram a demanda adiante. É um exemplo de como as coisas podem – e devem – funcionar na região. Somos mais fortes com demandas coletivas e isso deve nortear nossas ações.
Isso deve nortear os próximos passos. Duas notícias recentes mostram que só com força coletiva a Zona Sul poderá contornar potenciais problemas. Um deles, para variar, é a questão do pedágio. O movimento da Azonasul em Brasília mês que vem dará mais um exemplo de que em grupo a região é mais forte. Agora há que se esperar pelo resultado dessa situação. A outra, e mais delicada, é a atração da fábrica da GWM para Rio Grande. Mais uma vez, a mobilidade no entorno do Lote 4 da BR-392 desponta como um calcanhar de Aquiles.
As obras estruturantes, as demandas por investimentos e o olhar dos governos federal e Estadual raramente são direcionados “ao natural” para cá. Há uma necessidade de gritaria constante. De sermos lembrados para sermos vistos. Por isso, uma imprensa atuante, políticos em cargos estratégicos e entidades alinhadas para representar a comunidade e o empresariado são tão fundamentais. Em silêncio, voltamos aos anos de escuridão.
Por isso, elencar as nossas principais demandas é fundamental. Hoje, não há pauta mais urgente que a licitação justa e digna da concessão rodoviária. Para o curto e médio prazo, o fortalecimento das infraestruturas para potencializar a atividade portuária e o turismo são pontos a serem considerados antes de tudo. E o fortalecimento da nossa integração interna, conectando entidades de Pelotas, Rio Grande e demais municípios em prol de uma Zona Sul forte deve nortear cada movimento. Juntos, sim, podemos.