A Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) promoveu, na 48ª Expointer, o lançamento da 36ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz e Grãos em Terras Baixas. Com o tema “Cenário Atual e Perspectivas, Conectando Campo e Mercado”, o evento reafirma a importância do setor arrozeiro e o papel da instituição como articuladora nacional dos debates e avanços da cadeia produtiva.
Na coletiva de imprensa realizada na Casa do Irga, autoridades e representantes do setor estiveram presentes para prestigiar a solenidade. O evento ocorrerá de 24 a 26 de fevereiro de 2026, na Estação Experimental Terras Baixas, da Embrapa Clima Temperado, no Capão do Leão, onde ocorre desde 2019. A iniciativa é um dos marcos do calendário, conectando produtores e lideranças de referência. Além da realização da Federarroz, a abertura conta com a correalização da Embrapa e do Senar e o apoio do Instituto Riograndense do Arroz (Irga).
Na ocasião, o presidente da Federarroz, Denis Dias Nunes, natural de Santa Vitória do Palmar, lembra que o Brasil é o maior produtor e consumidor do cereal fora da Ásia e cita a necessidade do Estado ser cada vez mais competitivo. “No mercado interno estamos enfrentando custos mais elevados. Apesar de sermos reconhecidos pela qualidade do nosso arroz, enfrentamos questões tributárias e outros pontos que dificultam a nossa competitividade”, ressalta.
O dirigente da entidade menciona, ainda, a perda de hectares da lavoura gaúcha para os vizinhos do Mercosul e o fato do Rio Grande do Sul ter condições de concorrer de igual para igual. “Precisamos reposicionar algumas marcas gaúchas no mercado. Por isto, vamos focar no lançamento de novas variedades e em campanhas de consumo”, observa Nunes.
Novidades tecnológicas
Os participantes da Abertura da Colheita poderão ver de perto a utilização de novas tecnologias no campo e cases de sucesso. Além disso, há momentos de confraternização, troca de saberes e conhecimentos e o fortalecimento de laços de amizade. E, ainda, a conexão com novos mercados, as principais culturas de terras baixas, e temas de gestão das propriedades. No total, serão mais de 200 expositores, com expectativa de 21 mil participantes de 200 municípios gaúchos.
O presidente do Instituto Riograndense do Arroz (Irga), Eduardo Bonotto, acrescenta que o evento representa o final dos esforços empreendidos em uma safra e o trabalho dos produtores do Estado. Já Eduardo Condorelli, superintendente do Senar no Rio Grande do Sul, reforça a relevância da cadeia para a sociedade gaúcha e o grande momento de celebração. “Vamos discutir as condições da atividade, a relevância da orizicultura e o legado que vamos deixar para os nossos filhos e netos. Acreditamos na crença e capacidade de transformação do evento”, salienta.
O chefe-geral da Embrapa Clima Temperado, Leonardo Ferreira Dutra, lembra das linhas de pesquisa desenvolvidas para o cereal, bem como o manejo e o potencial genético. “Nós temos o aplicativo PlanejArroz que oferece duas funções principais: estimar o desenvolvimento da lavoura de arroz irrigado, auxiliando no planejamento do manejo, e prevendo a produtividade. O aplicativo utiliza dados de temperatura para planejar o manejo, como a adubação nitrogenada, e também estima o resultado final da safra.