A seis meses do fim da concessão, nova licitação do Polo Rodoviário só deve ocorrer em 2027

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A seis meses do fim da concessão, nova licitação do Polo Rodoviário só deve ocorrer em 2027

Processo costuma levar pelo menos um ano para ser concluído, mas ainda está na fase inicial no Ministério dos Transportes e sem prazo definido para avançar à etapa seguinte

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A seis meses do fim da concessão, nova licitação do Polo Rodoviário só deve ocorrer em 2027
A Ecovias Sul está há 27 anos administrando os trechos das BRs-116 e 392 na região Sul (Foto: Jô Folha)

No dia 3 de março de 2026, as cancelas dos cinco pedágios operados pela Ecovias Sul serão liberadas e a perspectiva é que pelo menos até 2027 o Polo Rodoviário de Pelotas permaneça sem concessionária. A seis meses do fim do contrato com a empresa, o processo de concessão do trecho ainda está na primeira etapa no Ministério dos Transportes. Após o avanço dessa fase, ainda sem data definida, o procedimento licitatório deve levar cerca de um ano para ser concluído.

Diante do atraso na tramitação, os 457,3 quilômetros de extensão entre as BRs-116 e 392, deverão ficar sem cobrança e serão administrados pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) por pelo menos nove meses. A perspectiva é declarada pelo superintendente de concessão de infraestrutura da Agência Nacional de Transporte e Trânsito (ANTT), Marcelo Fonseca.

Andamento do processo

Atualmente, o processo de concessão está na fase de estudo de viabilidade técnica, a parte mais extensa dos trâmites, realizado pela empresa Infra S.A. Na sequência, o levantamento é enviado ao Ministério da Infraestrutura e ao Tribunal de Contas da União (TCU). Se aprovado, a ANTT assume a etapa seguinte, elaborando as minutas do edital e do contrato, além do programa de exploração da rodovia.

Ainda serão realizadas audiências públicas para a apreciação do projeto, e em seguida a licitação é lançada. “E o processo licitatório tem um mínimo de 100 dias de prazo, então, a tendência hoje é que a gente fique em 2026, muito provavelmente, com o Dnit operando”, diz Fonseca.

Administração pelo Dnit

Com uma administração que abrange apenas a manutenção básica da pavimentação das rodovias, sem o atendimento médico emergencial, bem como monitoramento 24 horas e serviço de guincho, a mudança é alvo de discordância entre os prefeitos das cidades da região.

Além disso, os gestores públicos consideram a perda de 30 milhões de repasses anuais aos municípios, proveniente do Imposto Sobre Serviços (ISS) pago pela Ecovias Sul. “Não é nem a questão dos valores, que os municípios perdem e a gente sabe que vai impactar muito forte estas cidades, mas principalmente a questão de salvar vidas. Quem vai ficar responsável por prestar este socorro qualificado?”, diz o presidente da Azonasul, Ronaldo Madruga.

Outra alternativa para o período de trâmite da nova concessão seria a prorrogação da administração da Ecovias Sul com um contrato tampão e uma tarifa reduzida para R$ 9, proposta pela empresa. No entanto, a ANTT já teria iniciado as tratativas para encerrar o contrato com a concessionária.

ETAPAS DO PROCESSO DE CONCESSÃO

  1. Elaboração dos estudos técnicos (etapa atual)
  2. Realização de audiências públicas na região
  3. Publicação do Edital de Licitação
  4. Período de Esclarecimentos e Impugnações
  5. Entrega das Propostas
  6. Leilão
  7. Homologação e Adjudicação do Contrato
  8. Assinatura do Contrato de Concessão
  9. Período de Mobilização
  10. Início da Operação

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