Rio Grande pode receber fábrica de uma das maiores montadoras da China

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Rio Grande pode receber fábrica de uma das maiores montadoras da China

Representantes da GWM visitaram a cidade e avaliam instalação no Distrito Industrial

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Rio Grande pode receber fábrica de uma das maiores montadoras da China
Produção no Brasil teve início no mês passado em São Paulo (Foto: Divulgação)

A Great Wall Motor (GWM) estuda a instalação de sua segunda fábrica no Brasil. Planejando investir cerca de R$ 10 bilhões no país, recentemente anunciou a primeira fábrica em Iracemápolis (SP) – após reativar uma antiga fábrica da Mercedes-Benz – e pretende direcionar R$ 5 bilhões para a segunda planta. Em visita ao Rio Grande do Sul, recentemente, a cidade de Rio Grande foi considerada a de maior potencial.

A instalação seria em uma área de 230 hectares, no Distrito Industrial rio-grandino. Em recente entrevista à Rádio Pelotense, a prefeita Darlene Pereira (PT), afirmou que os representantes fizeram alguns pedidos de informações sobre a cidade, que já foram repassados e, agora, aguarda-se o retorno da empresa.

Dentro das estimativas, a instalação de uma fábrica da GWM movimentaria a criação de cerca de oito mil postos de trabalho.

Gigante do setor

Com operações em mais de 60 países e conhecida pelas marcas Haval, Tank, Poer e ORA, a GWM é considerada uma das maiores montadoras do setor automotivo privado da China.

Para ampliar a participação da empresa no Brasil, as visitas técnicas ocorreram em diversos Estados, como Santa Catarina, Paraná e Espírito Santo. Os principais atrativos que colocam Rio Grande nesta disputa são a logística do Porto e os números relevantes de exportação que o terminal apresenta ano a ano.

A capacidade inicial da fábrica recém anunciada em São Paulo é de 30 mil veículos por ano, com planos de aumentar para 50 mil unidades em três anos. No entanto, a GWM tem planos de produzir entre 250 mil e 300 mil carros anualmente, o que demanda a construção da segunda fábrica.

A produção em solo brasileiro começou em agosto, direcionada para a montagem do SUV híbrido Haval H6, seguido pela picape Poer e o SUV Haval H9.

Olhares em Rio Grande

Durante a entrevista, a prefeita mencionou que outras empresas também já têm prospectado investimentos em Rio Grande, como a BYD e Tramontina. O secretário de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Turismo, Vitor Magalhães, destaca que, apenas neste primeiro semestre, já foram confirmados investimentos na ordem de R$ 1,3 bilhões, envolvendo as empresas Josapar, Vanzin e CCGL. “Rio Grande é uma cidade que está sempre aberta a investimentos, aliás, a vocação portuária da cidade é um retrato disso” destaca o secretário.

As lideranças rio-grandinas ainda aguardam o retorno positivo da GWM para a instalação da segunda fábrica no município.

Duplicação do Lote 4

Entre as avaliações das potencialidades do Porto do Rio Grande para receber a nova fábrica, a falta de duplicação do lote 4 da BR-392 aparece, novamente, como um ponto de entrave.

Investimento na segunda planta será de cerca de R$ 5 bilhões (Foto: Divulgação)

O principal gargalo logístico da Zona Sul pode dificultar a chegada de novos investidores. Neste sentido, o vice-presidente de Infraestrutura da Federasul, Antônio Carlos Bacchieri destaca que, por ter um lote 4 inacabado, onde o tráfego de veículos é intenso e, por conta disso os riscos de acidente são maiores, a região acaba perdendo investimentos importantes e espera que o mesmo não ocorra com a instalação da GWM. “Quando se pensa em desenvolver Rio Grande e a Zona Sul, precisamos ter infraestrutura. Então o lote 4, assim como a ponte entre Rio Grande e São José do Norte e a segunda ponte no canal São Gonçalo, são obras prioritárias e elas devem entrar no radar de qualquer governo que queira desenvolver nossa região”, afirma.

O projeto para a continuidade do lote 4, incluído no PAC, foi encaminhado para o Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (DNIT) e a aprovação é aguardada para o próximo ano.

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