A Vigilância em Saúde do Rio Grande confirmou mais um óbito por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), elevando para 45 o número de pessoas que morreram no município, desde o começo do ano. Os dados foram inseridos no boletim semanal divulgado no final de semana pelo órgão vinculado à Secretaria de Município da Saúde (SMS) e são referentes à 35ª semana epidemiológica, encerrada no sábado (30). Em relação à semana anterior, houve mais um óbito.
Dos óbitos por SRAG, 32 ocorreram em âmbito hospitalar e 13 foram em Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). A SRAG abrange casos de Síndrome Gripal (SG) que evoluem com comprometimento da função respiratória e suas causas podem ser influenza, Covid-19, entre outros vírus respiratórios.
No município de Rio Grande, 70.957 pessoas foram vacinadas contra a gripe, o que representa 36,9% da população. No que se refere a idosos, 58,7% já receberam a vacina. Entre os grupos prioritários (idosos, gestantes, crianças de 6 meses a 6 anos incompletos e outros), a cobertura está em 55,1%.
Em 2024, foram 270 casos de pessoas hospitalizadas por SRAG. Este ano, já são 357 casos. Este ano, também houve aumento dos casos de hospitalizados por Influenza, comparando com o ano passado: foram 31 (2024) contra 44 (2025).
Vacina
No boletim divulgado pela Vigilância, há informações sobre as hospitalizações por SRAG em todo o Estado, nos municípios da 3ª Coordenadoria Regional de Saúde e na cidade do Rio Grande. Consta, também, a incidência de vírus respiratórios em pacientes hospitalizados e de óbitos por diferentes vírus respiratórios, sendo que a maioria foi por SRAG não especificado (55,6%), seguido de Influenza (24,4%), rinovírus (11,1%), VSR (6,7%) e metapneumovírus (3,3%).
A Secretaria da Saúde orienta que a vacinação é a forma mais eficaz de prevenção contra a gripe e suas complicações. A vacina é segura e considerada uma das melhores medidas para evitar casos graves e óbitos por gripe, estando disponível em todas as unidades de saúde da rede pública.
Emergência
O município do Rio Grande está em estado de emergência em Saúde pública, conforme o Decreto 21.852, em razão do aumento de casos e óbitos por SRAG e superlotação dos serviços da rede municipal de Saúde. O Executivo considerou a elevação na demanda nos serviços de emergência, com filas de espera, superlotação dos leitos hospitalares disponíveis, com taxa de ocupação superior à capacidade instalada da rede de atenção à Saúde, o que representa sério risco à população. Foi considerada ainda a inexistência de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) geral, pediátrica e neonatal, suficientes para atender a demanda atual, agravando o risco de assistência à população.