Região tem alerta para tempestades nos próximos dias

Clima

Região tem alerta para tempestades nos próximos dias

Instabilidade irá predominar até quinta-feira com chuvas e ventos fortes

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Atualizado segunda-feira,
01 de Setembro de 2025 às 17:51

Região tem alerta para tempestades nos próximos dias
Água da Lagoa dos Patos chegou até residências e no acesso às Ilhas (Foto: Divulgação)

O mês de setembro teve início com aumento da instabilidade em todo o Rio Grande do Sul e alertas para potenciais tempestades nos próximos dias. O avanço de uma frente fria, aliado ao fluxo de calor e umidade vindos do norte do país, favorece a ocorrência de chuva moderada a pontualmente forte. Na última segunda-feira (1º), os ventos ultrapassaram os 70 km/h em Rio Grande, o que deixou impraticável as operações no porto da cidade desde a madrugada. O Centro de Monitoramento da Defesa Civil Estadual emitiu um alerta hidrometeorológico para todo o Estado, com vigência até a quinta-feira, (4).

Entre a tarde e a noite de terça (2), são esperados temporais com chuva forte a pontualmente intensa, acompanhadas de raios, granizo de grande porte e rajadas de vento. Os maiores acumulados são esperados para as regiões Oeste e Campanha, podendo atingir 90 mm no dia. De forma mais isolada, há condição para instabilidades na Costa Doce, onde os volumes variam entre 10 e 40 mm no período. As rajadas de vento podem superar os 90 km/h, especialmente associadas às tempestades.

Na quarta-feira (3), as instabilidades devem persistir, com chuva moderada a forte, além da ocorrência de temporais acompanhados de queda de granizo no Oeste, Campanha, Centro, Costa Doce e Sul, com acumulados variando entre 40 e 80 mm por dia, podendo atingir pontualmente 100 mm.

Durante a madrugada de quinta-feira (4), a condição de chuva forte, com temporais isolados, pode prosseguir no Oeste, Centro, Costa Doce, Região Metropolitana de Porto Alegre, Vales e Missões, com acumulados variando entre 40 e 80 mm ao dia. No entanto, a concentração da instabilidade passa para a porção mais ao norte do Rio Grande do Sul.

Monitoramento

O coordenador da Defesa Civil Regional, Márcio Facin, reitera que o núcleo de trabalho acompanha o sistema que está se aproximando do Rio Grande do Sul e confirma a perspectiva de uma instabilidade maior. “Temos a perspectiva que a chuva atinja mais o Sul da nossa região, mas também não descartamos que possa atingir outras porções mais ao norte, como São Lourenço do Sul”, diz.

Melhora do cenário

A tendência é que, na sexta-feira, (5), haja condição para chuva moderada a forte de forma isolada apenas na região Norte do Estado, com acumulados oscilando entre 10 e 40 mm por dia.

De acordo com a Defesa Civil Estadual, ao final do aviso, são esperados acumulados entre 80 e 130 mm na região das Missões e Centro, podendo pontualmente chegar aos 200 mm, na Campanha, Oeste, Costa Doce e Sul.

Ciclone na Argentina

Os fortes ventos que foram registrados entre o domingo, (31), e a segunda-feira, (1º), foram resultantes de um ciclone extratropical que atingiu a Argentina no final de semana. De acordo com a MetSul Meteorologia, o temporal provocou inundações, danos por granizo, ventos fortes, famílias desabrigadas e marcas históricas de chuva que derrubaram recordes mensais e diários.

Na cidade de Mendoza, mais de 100 pessoas ficaram desabrigadas, houve queda de árvores, destelhamentos e registro de granizo de grande tamanho em diferentes cidades. A chuva forte, somada à neve em áreas de maior altitude e a bancos de neblina, levou ao bloqueio total da Rota Nacional 7 entre a capital provincial e Uspallata. A Passagem Internacional Cristo Redentor, entre Chile e Argentina, foi fechada preventivamente nos dois sentidos.

Com esta instabilidade no país vizinho, a MetSul explica que o direcionamento dos ventos criou uma corrente em baixos níveis da atmosfera, que canalizou o ar quente e úmido em direção ao Rio Grande do Sul.

Alagamentos

Na madrugada de segunda (1°), a cidade de Rio Grande registrou ventos que superaram os 70 km/h. Sob a influência das fortes rajadas, na direção nordeste, a água da Lagoa dos Patos foi represada na região das Ilhas e, com isso, causou alagamentos em uma rua do bairro Cidade Nova, uma das primeiras da zona urbana a ser alagada em condições de elevação.

Com a diminuição dos ventos, ainda no começo da tarde, a situação foi normalizada sem maiores transtornos aos moradores.

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