O turismo rural é uma potencialidade para o setor turístico no Rio Grande do Sul. Na região de Pelotas, há o Grupo Associativo dos Empreendedores do Turismo Rural (Gassetur), formado por representantes de cerca de 40 empreendimentos rurais. Apesar dos avanços, Marina Alves, vice-presidente do grupo, relata que os empreendedores ainda enfrentam problemas referentes a divulgação e infraestrutura pública.
O Gassetur existe há mais de 20 anos, mas foi formalizado em 2023 com a participação de 12 empreendimentos. Atualmente, cerca de 40 dos 80 empreendimentos rurais da região de Pelotas fazem parte do grupo. Ele é responsável pelo Doces Caminhos Rurais – que envolve os municípios da Costa Doce Gaúcha –, dentro da rota turística da Serra dos Tapes. As atrações da rota incluem cafés coloniais, turismo de aventura, hospedagem, vinícolas, restaurantes, cachoeiras, entre outros.
Segundo a vice-presidente, a região recebe visitantes de Pelotas e outros municípios da Região Sul, além de turistas da Serra Gaúcha e de outros países, como o Uruguai.
Dificuldades
Marina, que também é sócia-proprietária do Olival Dom Feliciano, revela que um dos principais desafios ainda é o desconhecimento. “Nós temos tantos empreendimentos, tantas opções para oferecer e, às vezes, a população não sabe ou não consegue nem chegar devido a falta de sinalização”, relata.
Entre os dificultadores há a falta de placas de sinalização para os empreendimentos, as condições das vias – especialmente em períodos de altos volumes de chuva – e as quedas de energia elétrica. Quanto às placas na BR, Marina explica que é necessário um projeto junto à prefeitura. A questão já foi reivindicada pelo grupo e aguarda retorno do Executivo.
Expansão
A vice-presidente afirma que o turismo rural poderia estar ainda mais desenvolvido e atribui a falta de apoio público como responsável pelo atraso. “Se não temos placas e não conseguimos melhorar as estradas, isso impacta diretamente. Acaba que perdemos de gerar emprego, renda, imposto e demais benefícios para o município”, afirma.
Para ela, este apoio também seria necessário para a divulgação. “Nós não temos condições financeiras para divulgar isso a nível da cidade inteira ou fora dela”, explica. Marina sugere ajuda do Executivo com a distribuição de folders nos locais principais da cidade.
Uma possibilidade de expansão apontada por ela é a integração das atrações pelotenses, como a Fenadoce, o Festival de Música do Sesc e a praia do Laranjal com os empreendimentos rurais e outras opções turísticas do município. “Nós (Olival Dom Feliciano) temos as oliveiras e a hospedagem, mas esse turista não vai ficar o fim de semana inteiro lá. Ele quer, por exemplo, ir num café colonial, ir num local almoçar. Assim todo mundo ganha”, conclui.