“A Apae sobrevive graças às doações”

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“A Apae sobrevive graças às doações”

Giane Dias e Arthur Saldanha - Dirigentes da Apae

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Atualizado quinta-feira,
28 de Agosto de 2025 às 08:22

“A Apae sobrevive graças às doações”
Giane Dias e Arthur Saldanha - Dirigentes da Apae (Foto: Reprodução)

A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Pelotas atua há décadas na promoção da inclusão e no atendimento de pessoas com deficiência intelectual, múltipla e do espectro autista. Para falar sobre os desafios, conquistas e a importância do apoio da comunidade, a diretora da escola da APAE, Giane Dias, e o diretor financeiro e voluntário, Arthur Saldanha, deram uma entrevista ontem à Rádio Pelotense.

Como está o trabalho da Apae hoje em Pelotas?

Giane Dias: Hoje trabalhamos em três grandes áreas: assistência social, saúde e educação. Atendemos cerca de 350 usuários, somando os da escola e os da saúde. A Apae mantém a Escola Especial Joaquim Gonçalves Ledo, com 112 alunos matriculados nos turnos da manhã e tarde. Trabalhamos desde a educação infantil até o ensino fundamental, incluindo a EJA, com foco em habilidades para a vida diária e preparação para o mercado de trabalho.

Existe apenas uma unidade da Apae em Pelotas? E a procura por atendimentos é grande?

Arthur Saldanha: Sim, existe apenas uma unidade. A procura é muito grande, principalmente na área da saúde. Até abril deste ano, oferecíamos 1,1 mil atendimentos mensais, mas, com um novo termo de parceria com a prefeitura, ampliamos para 2,7 mil atendimentos mensais. Isso inclui fonoaudiologia, terapia ocupacional, fisioterapia, psicologia, psicopedagogia, pedagogia, assistência social e educação física. Ainda assim, há muita demanda represada na regulação municipal.

Como funciona a escola da Apae?

Giane Dias: Temos turmas próprias, com 112 alunos que frequentam apenas a Apae. Também oferecemos atendimento educacional especializado (AEE) para alunos da rede municipal, que recebem apoio semanal de 40 minutos. Nosso trabalho inclui atividades pedagógicas e de inclusão social, levando os alunos para passeios, eventos e atividades externas, já que muitas famílias enfrentam dificuldades de acessibilidade ou preconceito.

Quais são as principais dificuldades da Apae hoje?

Arthur Saldanha: Recursos. Quando assumimos a direção em julho de 2023, a Apae estava em crise, sem diretoria e cheia de dívidas trabalhistas e tributárias. Fizemos renegociações e hoje não temos grandes pendências, mas seguimos pagando dívidas antigas. Os convênios com a prefeitura custeiam os atendimentos, mas não cobrem manutenção, reformas, etc. Por isso, a Apae sobrevive graças às doações. Hoje temos cerca de 1,4 mil doadores ativos em Pelotas, número que ainda é pequeno frente a uma cidade de 300 mil habitantes.

Como a comunidade pode ajudar?

Arthur Saldanha: Qualquer pessoa pode se tornar doadora a partir de R$ 10 por mês. As contribuições podem ser feitas via Pix (53991685681) ou com recolhimento em domicílio, agendado pelo telefone. Também estamos organizando o coquetel beneficente “APAEceiros”, no dia 25 de setembro, às 19h, no Clube Brilhante. O convite custa R$ 80 e toda a renda será revertida para a APAE.

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