Adeus meus demônios é o primeiro álbum produzido no estúdio de produção fonográfica da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). O trabalho marca a estreia do cantautor e instrumentista Bernard — conhecido como Bê — e foi lançado oficialmente na sexta-feira. O disco está disponível em todas as plataformas digitais.
O EP reúne cinco composições autorais e foi produzido por Leandro Maia, cantor e compositor premiado e professor do curso de Música Popular da UFPel. O projeto integra as ações da Agência de Indústria Criativa e Mobilização Social (Agimos), com apoio da Fundação Delfim Mendes.
A ideia do disco surgiu inicialmente como um trabalho de conclusão de curso de Bê. A proposta era investigar o processo criativo da canção Quebranto, composta em parceria com os conterrâneos Nandico Saldanha e Léo Vidal, de Uruguaiana. “Mas quando lancei a proposta para o Leandro Maia, ele deu a ideia da gente gravar um álbum completo”, conta o músico.
Além de Quebranto, o EP traz faixas como Sol Nublado, com participação do guitarrista Gustavo Mustafé; e As Velhas Leis Universais, que conta com a presença do próprio Leandro Maia e da cantautora e clarinetista costarriquenha Karol Barboza, vencedora do Festival Nacional de Canção de seu país em 2024. Já a faixa Demônios ocupa o centro conceitual da obra, incorporando influências do chamamé.
O trabalho mescla referências do rock alternativo, jazz, MPB e música regional. “Diria que é um disco variado, mas a base é o rock alternativo. Também carrego influências de artistas como Djavan, Ana Carolina, Los Hermanos, Fresno e Esteban Tavares”, afirma Bê.
Total influência
Natural de Uruguaiana, o músico viveu em Pelotas entre 2017 e 2024, período em que cursou Música Popular na UFPel. “Pelotas foi onde estudei música a fundo e conheci grandes nomes que influenciaram meu trabalho. Foi aqui que tive contato com o choro e o jazz, gêneros que me desenvolveram no saxofone”, destaca.