Mais três blocos da Bacia de Pelotas foram adquiridos em parceria entre a Petrobras, com 70% da cota, e a Petrogral Brasil, com 30%, dentro da quinta etapa do Ciclo de Oferta Permanente de Concessão. O investimento total nesta etapa é de R$ 11,4 milhões. Com isso, o trecho chega a 50 blocos arrematados, por variadas empresas.
Os outros 47 blocos já licenciados foram concedidos nas ofertas públicas realizadas em dezembro de 2023 e em junho deste ano. Os demais blocos que estavam disponíveis na 5ª OPC, localizados em três setores, não receberam propostas das empresas durante o leilão. Eles seguem disponíveis para aquisição por parte de empresas interessadas.
A Bacia de Pelotas é uma área do oceano Atlântico de aproximadamente 40 mil quilômetros quadrados, que se estende da costa de Santa Catarina até parte do Uruguai. Cogitada há décadas como um potencial para a exploração de gás e petróleo, o local voltou a chamar a atenção nos últimos anos.
Esperança na bacia de Pelotas
Na Namíbia, do outro lado do Atlântico, há uma bacia com características geológicas semelhantes onde, em apenas um dos poços, foi encontrada uma reserva equivalente a 1,7 bilhão de barris de petróleo.
Leilões anteriores
No total, 47 blocos da Bacia de Pelotas já haviam sido leiloados anteriormente pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Os últimos três blocos foram leiloados em junho e é esperado um investimento de mais de R$ 84 milhões, além do pagamento de um bônus de R$ 11,4 milhões para a União. Os blocos foram arrematados por um consórcio formado pela Petrobras e pela Petrogal Brasil.
Em dezembro de 2023, 44 blocos foram arrematados, com o pagamento de um bônus à União de R$ 298,7 milhões e a perspectiva de um investimento de R$ 1,5 bilhão. Destes, 15 blocos foram arrematados pela Chevron e 29 foram adquiridos por dois consórcios, um formado por Petrobras, Shell e CNOOC e outro formado por Petrobras e Shell.
Busca por licenças
Cinco solicitações para a realização de pesquisas sísmicas na Bacia de Pelotas estão em estágio avançado de licenciamento ambiental pelo Ibama. O levantamento marítimo, uma espécie de ultrassonografia do subsolo, serve para mapear pontos com possíveis reservatórios de petróleo e gás natural para futuras perfurações.
Além dos pedidos próximos de obterem os licenciamentos, há diversos outros requerimentos em processo inicial de análise pelo Ibama. A primeira empresa que obteve a liberação para as atividades sísmicas foi a norueguesa Shearwater Geoservices. Utilizando um dos navios mais modernos do mundo, os estudos foram iniciados em abril de 2024 e prosseguirão ao longo deste ano. Outra operadora recebeu licença para atuar entre a Bacia de Pelotas e a Bacia de Santos e já concluiu o levantamento.
Entre as empresas de serviços geofísicos solicitantes estão a britânica WesternGeco, a francesa CGG e as norueguesas TGS e PGS. As solicitações são por licenciamentos para a realização de sísmicas por pouco mais de dois anos. Os requerimentos para a busca por petróleo iniciaram a partir da concessão de 44 blocos da Bacia de Pelotas para a exploração pelos consórcios Petrobras/Shell/CNOOC e Petrobras/Shell – e pela Chevron em dezembro de 2023.