O pulso ainda pulsa

Editorial

O pulso ainda pulsa

O pulso ainda pulsa
(Foto: Lula Marques - Agência Brasil)

Há sinal de vida na política brasileira. Como diz a música dos Titãs, mesmo com tantas doenças, o pulso ainda pulsa. E isso foi visto na última semana, com o surpreendente alinhamento de extremo a extremo em prol da pauta do regramento da presença infantojuvenil nas redes sociais. É um sinal de que ainda há esperança de que haja maturidade em temas fundamentais para a população. Em um Congresso sempre rachado e com pautas ideológicas acima do bem geral, um respiro de esperança. O mesmo movimento deve ser visto em breve na questão da isenção do Imposto de Renda a quem ganha até R$ 5 mil.

Seria utópico imaginar que tal alinhamento torne-se permanente. Ainda mais com ano eleitoral chegando. Mas é um recado de que há como trabalhar em um meio-termo para assuntos que são fundamentais para a população brasileira. Poucas semanas após as patacoadas vistas no retorno dos trabalhos do Legislativo, é bom ver questões tramitando com celeridade e com resultados dignos, sem jabutis, sem gritaria, apenas o interesse pelo bem geral.

Esse é um tema para o eleitor levar consigo já para as urnas no ano que vem. Vão começar a pipocar candidatos, naturalmente, e é importante que a maturidade seja levada em consideração. Basta de políticos infantilizados, que estão pelo lacre e pelo corte de rede social. Já há digital influencers o suficiente atuando no país e não precisamos deles no Congresso. Por isso, é essencial defender pautas específicas, mas principalmente o regionalismo. É importantíssimo para a Zona Sul ter mais representação, por exemplo.

Criamos, como uma espécie de cultura nacional, o hábito de culpar os políticos por tudo, mas nunca podemos esquecer que somos nós quem os escolhemos e colocamos lá. Por isso, o voto consciente, levando em consideração os interesses coletivos. Se consideramos nossa região abandonada por políticas públicas, talvez seja o momento de direcionar cada vez mais votos locais. Se queremos políticos civilizados, talvez seja a hora de votarmos em pessoas com esse perfil, e não mais em personagens.

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