Berola leva doces e tortas produzidos em Pelotas para fora do Rio Grande do Sul

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Berola leva doces e tortas produzidos em Pelotas para fora do Rio Grande do Sul

Das 16 lojas físicas da marca, cinco estão espalhadas por Santa Catarina; diariamente cargas com milhares de produtos são enviadas para o estado vizinho

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Berola leva doces e tortas produzidos em Pelotas para fora do Rio Grande do Sul
Marca também está presente em Santa Catarina. (Foto: Jô Folha)

Reconhecida como referência em doces finos, a doçaria Berola se reinventou na pandemia e hoje tem as tortas como principal destaque de vendas. A marca, com 37 anos completados em julho, alcançou 16 lojas, sendo cinco em Santa Catarina. Cada unidade possui um proprietário e, em grande parte, os empreendimentos fora do Estado são comandados por pelotenses que elegeram a Berola como bandeira para levar as delícias de Pelotas a outros lugares.

Fundada por Analu Medeiros da Rosa e Manoel da Cunha Pereira (Maneca), a doçaria foi batizada em homenagem à doceira Berolíndia Lusche, na época responsável por fornecer os produtos para a loja. O empreendimento foi administrado pelo casal por 35 anos e, no início de 2024, com a aposentadoria deles, o coração da Berola — a fábrica que fornece todos os produtos para as 16 lojas — foi vendido.

A renovação

A aquisição foi realizada por uma família de porto-alegrenses que deixou suas profissões e a vida na capital para assumir o desafio de dar continuidade à história da Berola. “Tudo começou com a compra da loja do Laranjal, o Maneca anunciou a aposentadoria e nós assumimos também a fábrica”, conta Daniela dos Santos. Professora durante 20 anos, Daniela trocou as salas de aula pela produção e comercialização de doces.

Da mesma forma, a irmã Mirela Falavigna deixou mais de 23 anos de experiência na administração hospitalar para se mudar para Pelotas com a família e gerir a Berola junto a Daniela. “Assumir uma fábrica foi uma experiência nova para nós duas. E o desafio maior é dar continuidade a uma história; é uma responsabilidade ainda maior”, diz Mirela.

As irmãs ressaltam que a força da marca Berola e as possibilidades de ampliar produtos e mercados foram os principais motivos para apostarem na doçaria. “A gente acreditou no projeto, tivemos fé; claro que entra muito da nossa intuição e da nossa vivência na área de vendas, mas o projeto Berola é encantador”, ressalta Mirela.Irmãs comandam nova fase da Berola. (Foto: Jô Folha)

Berola em 16 lojas

Além das lojas espalhadas por diferentes pontos de Pelotas e Rio Grande, a Berola também está presente com cinco lojas em Santa Catarina. Para todos os 16 estabelecimentos da marca, os doces e outros itens do cardápio são produzidos pela fábrica localizada no Laranjal. Somente de quindins são comercializadas mensalmente no mínimo 12 mil unidades. Em seguida vem o bombom de morango, com cerca de sete mil produtos vendidos.

Conhecida pela manutenção da qualidade dos doces finos desde a produção realizada por Berolíndia, nos últimos anos a Berola passou a ser referência também na confecção de tortas. Segundo Mirela, a demanda por tortas aumentou durante a pandemia, já que a sobremesa se tornou a escolha perfeita para pequenas reuniões em casa. Antes do período pandêmico, o percentual de vendas era dividido entre 70% de doces e 30% de tortas. Atualmente, as tortas superaram os doces finos.

As tortas como carro-chefe

Em meses comuns, a fábrica da Berola produz em torno de oito mil tortas, considerando apenas os tamanhos pequenos. Em datas como Dia das Mães e Dia dos Pais, o número salta para entre dez e 12 mil. Já no final do ano, esse quantitativo dobra, sendo comercializadas cerca de 20 mil tortas. “Na época de Natal e Ano Novo, eu acho que não tem uma ceia aqui em Pelotas sem uma torta”, brinca Daniela.

No cardápio, são mais de 30 sabores, entre os tradicionais, como Marta Rocha e Iolanda, com doces de ovos, e os mais modernos, incluindo banoffees e cheesecakes. “As pessoas gostam de ter uma torta em casa para receber uma visita”, diz Mirela. Assim como no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina as tortas da Berola são sucesso de vendas e, para abastecer a demanda, diariamente saem da fábrica cargas com milhares de produtos.

“A nossa nutricionista desenvolveu nossas receitas para o congelamento. Os produtos podem ficar congelados por 30 dias sem alteração de textura, sabor ou cor. Por isso, nosso produto consegue ir tão longe, por causa dessa tecnologia na área de alimentação”, destaca Daniela.

A expansão para fora do RS

Conforme as irmãs Daniela e Mirela, todas as lojas da doçaria em Santa Catarina foram fundadas por pelotenses, e a busca por informações para a abertura de filiais em outros estados é frequente. No entanto, a fábrica ainda não possui um sistema logístico que permita o envio dos produtos para localidades mais distantes.

“A Berola é lembrada pelo pelotense que deixa o Estado. Nós recebemos ligações do Paraná, São Paulo e Mato Grosso”, relata Daniela. Para além das lojas físicas, os proprietários em Santa Catarina apostam na participação de grandes feiras e eventos para ampliar a comercialização dos produtos pelotenses.

“Em Joinville, por exemplo, eles participaram do Festival Internacional de Dança e levaram uma carga inteira para vender, e ainda pediram outra para complementar. Foram mais de dez mil doces e mil tortas”, conta Daniela.

A fidelidade local

No balcão da loja do Laranjal, e com base na experiência dos proprietários das outras unidades de Pelotas, Daniela e Mirela contam ter se surpreendido com o perfil dos clientes da Berola: pessoas que conhecem a marca há anos e têm produtos favoritos, sempre comprados de forma recorrente. “Eu tenho aquele que vem todo dia e compra o quindim, o que vem no domingo comprar a torta de morango; então o cliente já sabe o que quer e volta sempre porque sabe que vai encontrar o produto com a mesma qualidade”, conta Daniela.

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