De metro em metro

Editorial

De metro em metro

De metro em metro
(Foto: Jô Folha)

Nesta quarta-feira (20) completam 13 anos do início da duplicação da BR-116. É um case de duas frentes, positiva e negativa. A primeira é o reconhecimento pelo esforço conjunto de lideranças da Zona Sul, que levaram a pauta a fundo até que ela finalmente saísse do papel. A segunda é a demora absurda para concluir uma obra. São 4.748 dias desde o anúncio. 156 meses. Em julho, quando o último levantamento foi passado pelo Dnit, eram 212 quilômetros concluídos. Uma média ridícula de 1,34 quilômetro concluído por mês.

Se for mantida essa média, levaremos mais 41 meses e meio para conclusão, três anos e meio, terminando fenomenalmente em 2029, um dos maiores exemplos de lentidão da história. Felizmente, o Dnit garante que enfim a coisa avançará substancialmente e projeta a entrega total para o fim do ano que vem. Não precisa ser São Tomé para crer nisso apenas vendo. Obviamente, a promessa e a história andam em caminhos muito opostos. Mas, em se tratando de ano eleitoral, tudo pode acontecer. Inclusive nada.

Entre avanços e lamentos, entre conquistas e frustrações, o fato é que a situação melhorou barbaramente ao longo deste processo truncado. É a prova de que as lideranças que lá atrás fizeram pressão estavam certas. O caminho para a região metropolitana ficou mais seguro e mais rápido. A região entrou no radar das grandes empresas. Claro que faltam alguns fatores, como o barateamento do pedágio, a conclusão do lote 4 e outras tantas obras estruturantes. Mas o fato é que a duplicação da BR-116 é um salto de desenvolvimento para a Zona Sul do Estado.

Por isso, é preciso manter a pressão alta. Não arrefecer, nem por um segundo, até o último centímetro de asfalto estar colocado, até a última ponte estar concluída e a última placa de sinalização implementada. A duplicação é uma pauta muito cara para tantas pessoas. Muitas vidas foram perdidas em uma estrada ruim no passado. Muitas empresas deixaram de se instalar e gerar empregos e renda aqui por conta da logística. Por isso, até o último segundo, a região tem que cobrar que isso, enfim, fique pronto.

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