Radares da avenida João Goulart voltam a operar

Trânsito

Radares da avenida João Goulart voltam a operar

Dnit reativou equipamentos em Pelotas, enquanto comunidade do Capão do Leão protesta pelo retorno do controle de velocidade

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Radares da avenida João Goulart voltam a operar
Controladores ficaram cerca de um mês desativados (Foto: Jô Folha)

Os controladores eletrônicos de velocidade da avenida João Goulart, na entrada de Pelotas, chegaram a ficar desligados na primeira semana de agosto, mas já voltaram a operar. A interrupção ocorreu pouco mais de um mês depois da retomada do monitoramento, em 29 de junho, quando os equipamentos voltaram a registrar infrações após um longo período sem fiscalização.

Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), a paralisação fez parte de uma suspensão temporária do Programa Nacional de Controle de Velocidade (PNCV), motivada por ajustes orçamentários. A medida atingiu contratos em todos os 26 estados e no Distrito Federal, interrompendo o monitoramento de 3.887 faixas de tráfego em todo o país.

Na João Goulart, foram instalados seis radares próximo à rótula com a avenida Francisco Caruccio, em trecho urbano de intenso movimento, por onde circulam diariamente mais de sete mil veículos. Mesmo sem os controladores de velocidade, o limite de velocidade no local seguiu sendo de 50 km/h.

Em nota, o Dnit afirma que o programa é importante para reduzir acidentes provocados pelo excesso de velocidade e garantiu que a suspensão foi pontual. Enquanto o monitoramento eletrônico esteve inativo, a autarquia disse ter adotado medidas alternativas de engenharia e sinalização para reforçar a segurança viária. Atualmente, os equipamentos já estão em funcionamento regular.

Problema segue na BR-293

Aparentemente, a suspensão do PNCV também provocou reações em outras rodovias da região. Na BR-293, moradores do Capão do Leão realizaram um protesto na última sexta-feira para cobrar a religação dos equipamentos instalados no trecho que corta o município. Neste local, os controladores continuam inativos.

Segundo relatos, os equipamentos foram desligados em 1º de agosto por decisão do governo federal, em razão da falta de orçamento. A medida preocupa a comunidade local, já que o trecho compreendido entre os quilômetros 11,3 e 21,3 da rodovia é considerado crítico, já figurando entre os cinco mais perigosos do RS, com registro de 23 acidentes e oito mortes.

Para os moradores, os radares foram fundamentais na redução da violência no trânsito. “Depois que instalaram os radares, esses números praticamente desapareceram. Eles não acabam com todos os acidentes, mas evitam os mais graves, com mortes”, afirmou Emerson Duarte, que participou do ato.

O grupo de protestantes pede que o governo federal reveja a decisão e religue os equipamentos o quanto antes, a fim de evitar que os índices de acidentes voltem a crescer. O Dnit ainda não deu um retorno oficial sobre o caso.

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