Precisamos acelerar

Editorial

Precisamos acelerar

Precisamos acelerar
(Foto: Jô Folha)

Datas e deadlines nos fazem pensar. De hoje, faltam 200 dias para o fim da concessão do Polo Rodoviário de Pelotas à Ecovias Sul. Ou seja, são pouco mais de seis meses para a região ter um cenário completamente após quase três décadas. Por enquanto, não há nada definido e isso precisa mudar. Em um cenário ideal, ainda este ano há que ter uma definição clara e objetiva. Enquanto a empresa segue tentando uma prorrogação temporária do contrato, o Dnit diz que irá licitar trechos para administração tampão, mas até agora não há nada definitivo. Precisamos do preto no branco para nos preparar.

Mas, o mais temerário dos cenários, é a demora para desenvolver a licitação final da próxima concessão. Entre administração da Ecovias, do Dnit ou de terceiros, todos temporários, há que se trabalhar principalmente com a definição dos moldes do próximo contrato, com obras de contrapartida, valores e praças. Isso precisa estar claro para que tenhamos previsibilidade em investimentos futuros na região, tanto públicos quanto privados.

No cenário atual, há preocupação com diversos fatores, como a manutenção das estradas, a disponibilidade de serviços de guincho e ambulância e o suporte geral a usuários. O contrato atual, tão oneroso à região, serve de exemplo para que o futuro seja pensado com zelo e atenção, mas não pode ser um freio para que a próxima concessão demore ou seja capenga. Mais uma vez, a Zona Sul não pode se apoiar em traumas do passado ou do presente para frear a chegada do futuro.

O tempo corre e há mais interrogações que exclamações. O diálogo público praticamente inexiste nesse momento e a morosidade é inimiga do desenvolvimento. O processo precisa ser acelerado, o debate ser conduzido em conjunto com lideranças e comunidade, e o interesse regional deve prevalecer acima de absolutamente tudo. A logística é um dos caminhos para o desenvolvimento e não podemos, nesse momento, deixar com que nada nos trave. Recém agora está sendo concluída a duplicação da BR-116 e outras intervenções estruturais necessárias entraram no horizonte. A concessão do polo rodoviário deve andar em paralelo com isso tudo, pelo bem geral.

Acompanhe
nossas
redes sociais