Apadpel inaugura seis kitnets

Iniciativa

Apadpel inaugura seis kitnets

Iniciativa quer dar mais autonomia aos alunos no processo de inclusão social

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Apadpel inaugura seis kitnets
Cada módulo é composto por três casas de cada lado. (Foto: Jô Folha)

Leonardo Costa da Silva, 26 anos, é formado pelo IFSul em Design de Interiores e sonha em administrar sua própria casa e formar uma família. A oportunidade de experimentar, de forma autônoma e responsável, os compromissos do dia a dia para o jovem com Síndrome de Down se tornou realidade a partir da inauguração do residencial dentro da sede da Associação de Pais de Pessoas com Síndrome de Down (Apadpel).

Além dos seis kitnets, a entidade apresentou o sistema de placas solares, que irá reduzir custos em uma instituição que depende de colaborações. No evento, que lotou o pequeno auditório, os discursos foram de agradecimento aos muitos braços que estenderam apoio para que mães e pais tornassem a Apadpel uma realidade.

Os módulos, segundo a presidente Luana Braga, são uma importante ferramenta de inclusão na região, por proporcionarem a meninos e meninas com síndrome de Down a vivência de situações em que deverão tomar decisões de forma independente. Cada módulo é composto por três casas de cada lado, onde os alunos poderão desenvolver atividades coordenadas por profissionais. As famílias receberão atualizações sobre o avanço da autonomia de cada jovem. “Eles poderão aprender a morar sozinhos, sob a orientação de uma equipe multidisciplinar de profissionais”, destaca. O projeto, pioneiro no Estado, garante direitos e respeita a diversidade.

Durante o evento, foi anunciado o investimento de R$ 36 mil no sistema de energia solar, que deverá gerar uma economia anual de R$ 21,6 mil, além de reduzir sete toneladas de gás carbônico que seriam emitidas no meio ambiente a cada ano. O representante da Inove Energias, Alex Chagas, empresa responsável pela execução do projeto e por subsidiar o equipamento, informou que foram instalados 34 painéis fotovoltaicos. A iniciativa contou com o apoio da procuradora Cristina Gerhardt Benedetti, do Ministério Público do Trabalho.

A entidade atende cerca de 110 crianças e jovens, oferecendo atividades que estimulam a autonomia, a convivência social e o desenvolvimento de habilidades. A próxima etapa do projeto será a construção de um ginásio de esportes, que ainda depende de recursos. “Isso era um sonho distante e, de repente, ficou palpável. Foi com muito sacrifício”, comenta a tesoureira Kátia Vieira, que há cinco anos abriu sua casa para compartilhar, com outras mães, formas de promover inclusão. Entre os desafios da direção da Associação, além da quadra poliesportiva, estão o calçamento no entorno da sede e, principalmente, a manutenção do prédio.

 

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