Pracinhas da FEB chegam a Pelotas

Opinião

Ana Cláudia Dias

Ana Cláudia Dias

Coluna Memórias

Pracinhas da FEB chegam a Pelotas

Por

Há 80 anos

Pracinhas da FEB chegam a Pelotas

A comunidade de Pelotas fez um grande movimento na Estação Férrea de Pelotas para recepcionar com aplausos e gritos de “viva” os dez primeiros expedicionários pelotenses licenciados da Força Expedicionária Brasileira (FEB). O fato ocorreu em 14 de agosto de 1945. Os militares voltaram da Europa, depois de combaterem as forças do Eixo, durante a Segunda Guerra Mundial.

Pouco antes das 14h30min uma multidão se comprimia na Estação Férrea, que também recebeu autoridades locais civis, além de oficiais e soldados do 9º Regimento de Infantaria. Quando o comboio que vinha de Bagé se aproximou da estação, a multidão começou a ovacionar os militares. Ao verem o primeiro a desembarcar, os populares correram para saudar de perto seus heróis. “A massa procurava se aproximar dos recém chegados, cada qual com o desejo de ser o primeiro a levar o seu abraço de boas-vindas”, descreveu um repórter, naquele dia.

Militares na ceia oferecida pelo 9º RI (Foto: Reprodução)

Para saber

Os soldados da Força Expedicionária Brasileira (FEB) lutaram principalmente na Itália, entre 1944 e 1945, durante a Segunda Guerra Mundial. Eles participaram da chamada Campanha da Itália, ao lado dos Aliados, enfrentando as forças da Alemanha nazista e da Itália fascista.

Entre as principais regiões e batalhas onde atuaram, estão:

  • Monte Castello
  • Montese
  • Castelnuevo
  • La Serra
  • Collecchio e Fornovo di Taro

A FEB foi fundamental para romper linhas defensivas alemãs, como a Linha Gótica, e contribuiu para a libertação de diversas cidades italianas.

Fonte: Diário Popular/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense

Há 50 anos

Crítico de cinema avisa que o Cine Apollo vai fechar

Cinema e teatro foi inaugurado em 1925 (Foto: Reprodução)

Prestes a completar 50 anos, o Cine Teatro Apollo, em Pelotas, agonizava. Em 13 de agosto de 1975 o crítico de cinema Dom Camilo levou para a imprensa que o estabelecimento iria fechar em breve.

O Apollo seria vendido para uma imobiliária, que, após demolir o prédio, iria construir ali um edifício residencial, lamentou Camilo. A notícia não foi confirmada pelo gerente da empresa que explorava o espaço.

O crítico avaliou que o Apollo teria perdido espaço para os cinemas Capitólio e Avenida. “Seu fechamento deverá servir para confirmar cada vez mais a tese de que passou a vez dos cinemas de bairro.”

Santos e Xavier

A construção do Apollo foi iniciativa dos empresários Francisco Santos e de seu sócio Francisco Vieira Xavier. A dupla tinha sido arrendatária do Teatro Sete de Abril, onde exibiam filmes, primeiro entre 1918 e 1919, depois, a partir de 1922.

A inauguração ocorreu no dia 4 de setembro de 1925 e o Theatro Apollo, na rua Félix da Cunha esquina Gomes Carneiro, era considerado elegante e moderno. O Apolo fechou em 1976, naquela época sob a gerência de uma empresa oriunda de Lages, Santa Catarina.

Fonte: Diário Popular/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense

Há 115 anos

Em 1910, Papa Pio X eleva a igreja de São Francisco de Paula a Catedral

A Igreja de São Francisco de Paula em Pelotas foi oficialmente elevada à categoria de Catedral em 15 de agosto de 1910, por meio de uma Bula Papal Praedecessorum Nostrorum assinada pelo Papa Pio X. Essa ação também marcou a criação da Diocese de Pelotas, com a igreja tornando-se sede episcopal e catedral (co-cátedra) — subordinada à Arquidiocese de Porto Alegre.

O formato do atual prédio surgiu na década de 1940 (Foto: QZ7 Filmes)

Em meados de 1813, foi dado início à construção da Igreja Matriz da Paróquia de São Francisco de Paula. Em 1826, após ter sido destruída por um raio, foram iniciadas as obras de um “novo templo”, pelo lado de fora do primitivo. Em 1846, o Imperador D. Pedro II lança, na praça da Regeneração (hoje Cel. Pedro Osório), a pedra fundamental para a construção de uma nova catedral, no entorno da praça. Porém, a edificação nunca foi erguida.

O atual prédio só aparece depois da Segunda Guerra Mundial, entre 1947 e 1948, quando o bispo Dom Antônio Zattera promoveu melhorias, mandando construir o presbitério, a cripta (desenho original do arquiteto Roberto Offer, de 1847), as sacristias e o salão paroquial, remodelando as fachadas laterais que passaram a concordar com a principal, aumentando a nave e edificando a grandiosa cúpula. Obras que foram planejadas pelo arquiteto Victorino Zani. Em 31 de agosto de 2011, o templo foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Rio Grande do Sul, a Catedral Metropolitana de Pelotas – São Francisco de Paula também integra o patrimônio material do município, reconhecido em 2018 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

Celebração

Para celebrar a data, hoje às 18h acontece a missa solene pelos 115 anos da Arquidiocese de Pelotas e às 19h a comunidade será convidada para dar um “abraço” no Marco Zero iluminado.

Acompanhe
nossas
redes sociais