Os dois processos abertos na Comissão de Ética da Câmara de Pelotas seguem sem uma conclusão. A previsão inicial era de que os relatórios de ambos os casos fossem entregues antes do recesso parlamentar, em julho. Porém, até agora, não há nenhuma definição.
Caso Fernanda
No processo contra a vereadora Fernanda Miranda (PSOL), abordada com dois cigarros de maconha em um evento de Carnaval, o relator Marcos Ferreira, o Marcola (UB), diz que o parecer está recebendo os últimos ajustes para ser entregue ainda nesta semana. Nos bastidores, a percepção é de que o relatório de Marcola não partirá para uma punição mais grave, como a suspensão de mandato ou até mesmo a cassação.
Após a abordagem à vereadora vir à tona, houve uma grande repercussão e, em abril, os vereadores aprovaram uma lei para exigir exames toxicológicos de vereadores, secretários, diretores de secretarias, conselheiros tutelares e assessores de parlamentares. Embora a lei esteja em vigor, ela ainda não foi formalmente aplicada.
Caso Cauê
O outro processo em tramitação na Comissão de Ética é o do vereador Cauê Fuhro Souto (PV) que, como revelado por reportagem do A Hora do Sul em janeiro, indicou uma emenda de R$ 625 mil para uma associação em que o próprio irmão aparece como presidente. Cauê foi denunciado à Justiça pelo Ministério Público por falsidade ideológica. O vereador nega irregularidades.
Segundo o relator do caso, Marcelo Bagé (PL), a defesa do vereador reiterou o interesse de ouvir a ex-vereadora e atual secretária de Governo, Miriam Marroni (PT), que foi a relatora do orçamento de 2025 na Câmara. Segundo Bagé, a comissão enviará um novo convite para que Miriam preste depoimento. Caso ela não compareça, será avaliada a possibilidade de convocá-la.