A Polícia Federal revelou, nesta segunda-feira (11), novos detalhes do inquérito sobre a tentativa de golpe de Estado. Mensagens, anotações e documentos encontrados no celular do coronel da reserva Flávio Peregrino, assessor do general Walter Braga Netto, indicam que Jair Bolsonaro liderava as articulações para permanecer no poder e que militares teriam colaborado nesse processo.
O material também mostra o incômodo de parte dos militares com a estratégia do ex-presidente, que teria tentado transferir a eles a responsabilidade pelos atos.
A defesa de Braga Netto não se manifestou, e o advogado de Bolsonaro não respondeu aos questionamentos da imprensa. Já o representante de Peregrino afirmou que as anotações se baseiam na liberdade de expressão e no contexto da assessoria do coronel.
Última fase antes do julgamento
Bolsonaro e outros seis réus têm até esta quarta-feira (13) para apresentar alegações finais. Essa é a etapa final antes do julgamento, que será conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF. Moraes poderá marcar a análise do núcleo 1 do inquérito após cerca de um mês de avaliação pelos demais ministros.
