Maturidade para crescer

Editorial

Maturidade para crescer

Maturidade para crescer
(Foto: Jô Folha)

Rio Grande espera, com ansiedade e temor, o deslanchar da nova fase do Polo Naval. Entre a expectativa de viver um novo “eldorado” e o medo de outra frustração, a cidade precisa encontrar o caminho do meio: de maturidade para encarar a oportunidade. O cenário está desenhado: mais empregos vão ser gerados, empresas vão se instalar e o porto será o grande motor da Zona Sul nos próximos anos. Com o pé no chão, a região vai enfim desfrutar das possibilidades de uma economia voltada ao mar. E, dessa vez, com conhecimento de causa. Com memória.

O processo de ajuste do novo Polo Naval talvez será mais gradual do que o anterior, e isso é, de certa forma, positivo. Haverá tempo para a cidade se ajustar às necessidades, tanto estruturais quanto de mão de obra, sem o “boom” que houve na década passada. Com isso, terá tempo para adaptação. Por outro lado, é fundamental compreender os erros que levaram às frustrações que praticamente pararam as operações. Entre as questões que são tratadas nas esferas jurídica e criminal e a necessidade de compreensão de onde houve, de fato, erros, Rio Grande agora tem memória para olhar para o passado e compreender onde colocar força e onde fazer diferente.

A região já identificou, corretamente, o Polo Naval e o porto de Rio Grande como os propulsores da nossa economia a curto e médio prazo. Talvez a longo até, a depender da questão do petróleo. Mas por lá, muito além da economia naval e logística, há um potencial enorme em geração energética, em atração de empresas e em fomento à inovação. É a grande porta do Rio Grande do Sul. Embora o mercado de construção de navios seja o grande objetivo no momento, há forças para muito além disso.

É visível que com lideranças alinhadas em um processo de valorização e estímulo à atração de investimentos e à melhoria logística – como nos casos da ponte que liga Rio Grande e São José do Norte e com o lote 4, o caminho está apontado. Resta percorrê-lo, sem pressa e com consciência de que Rio Grande pode se tornar um dos principais polos econômicos do Estado muito rapidamente.

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