Enquanto planeja o segundo semestre, a dupla Bra-Pel olha para seus adversários na Copa Professor Ruy Carlos Ostermann. Um deles será o Gaúcho, que também mira a única vaga aberta na próxima Série D do Brasileirão. O clube de Passo Fundo disputará a segunda competição da temporada após cair na primeira fase da Divisão de Acesso do Estadual.
O presidente Luciano Azevedo garante que o Alviverde do Boqueirão não tem dívidas. Segundo o mandatário, disputar o torneio da Federação Gaúcha de Futebol (FGF) foi um compromisso com os patrocinadores, a maioria da própria cidade. Na temporada passada, o time alcançou a semifinal da Copinha, perdendo para o campeão São José.
“O Gaúcho é um clube de 107 anos. Associativo, sem donos. Já teve problemas, já voltou, parou, disputou primeira, segunda, terceira divisão. É um clube da comunidade. Nos orgulhamos muito de dizer que o Gaúcho não deve nada para ninguém. É um clube equilibrado com suas contas há vários anos, paga em dia, o que é uma raridade”, disse o dirigente em entrevista à Rádio Pelotense 99,5 FM.
Mudanças no futebol
O fracasso na Série A-2 do Gauchão fez a direção repensar o departamento de futebol para a sequência do ano. O Periquito venceu apenas dois dos 14 jogos e ficou à frente só do lanterna Real, de Tramandaí. Dois treinadores passaram pelo clube: Ariel Lanzini, ex-Pelotas, e Juca Antonello. Além do comando técnico, vai mudar também o elenco para a Copinha.
“Não devemos manter o grupo que fez o Acesso, porque o desempenho, o resultado, foi muito ruim. Alguns atletas têm contrato, outros poderão voltar. Mas o planejamento prevê, já na Copinha, uma preparação para a Série A-2 do ano que vem”, diz o presidente. No primeiro semestre, vestiram a camisa do Alviverde alguns ex-jogadores da dupla Bra-Pel como Lázaro, Zé Pedro, Maicon Assis e Warlei.
Estádio recente
O antigo estádio Wolmar Salton, do Gaúcho, foi vendido pelo clube em 2012 a um hospital. No mesmo ano, a prefeitura de Passo Fundo cedeu ao clube um terreno para construção de um novo estádio, inaugurado em 2016 e atualmente chamado de Be8 Arena. A empresa do ramo da energia renovável que adquiriu os naming rights da casa do Periquito é da cidade.
“Tem uma estrutura boa, mas o fundamental é que, há mais ou menos dez anos, não se gasta mais do que arrecada. Tem um limite de investimento, as contas são controladas rigorosamente. Tem uma diretoria grande em que ninguém é remunerado. Então tem uma condição boa de gestão administrativa para sonhar mais alto”, ressalta Luciano Azevedo.