“É um projeto que vai além da viagem, é sobre levar o nome de Pelotas para o mundo”

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“É um projeto que vai além da viagem, é sobre levar o nome de Pelotas para o mundo”

Julia Caldeira - Proprietária e coreógrafa da Caju Dança

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“É um projeto que vai além da viagem, é sobre levar o nome de Pelotas para o mundo”
Júlia Caldeira esteve no Fenadoce Cultural (Foto: Divulgação)

Fundada há menos de um ano, a Caju, Escola de Dança já conquistou espaço no cenário artístico de Pelotas e agora se prepara para um salto ainda maior: representar o Brasil no festival internacional Livorno in Danza, na Itália, em 2026. À frente da escola está a bailarina, coreógrafa e empreendedora Júlia Caldeira, que transforma paixão em arte e gestão. Em entrevista à Rádio Pelotense, ela falou sobre sua trajetória, a participação na Fenadoce Cultural e os desafios para levar a dança pelotense além do oceano.

Como surgiu a Caju e o que motivou a abertura da escola?

A Caju nasceu em outubro de 2024, fruto de um desejo antigo de ter um espaço com a minha identidade. Trabalhei anos como professora em outras escolas, mas sentia a necessidade de um lugar onde eu pudesse aplicar minha visão artística por completo. Começamos com cerca de 100 alunos, e hoje, com apenas dez meses, já somos 200, com turmas que vão dos dois anos de idade até adultos iniciantes.

Como foi a participação na Fenadoce e qual a importância do evento para a escola?

A Fenadoce tem um valor afetivo para mim, pois é onde me apresento desde pequena. Neste ano, participamos do Fenadoce Cultural com um recorte do nosso espetáculo Alice no País das Maravilhas. Foi emocionante estar no palco diante de um público tão receptivo. A feira é um verdadeiro festival artístico, que valoriza talentos locais e democratiza o acesso à cultura.

De que forma a escola foi selecionada para o festival internacional?

Participamos do Prêmio Curitiba na Dança com a coreografia Unidos, criada a partir dos sons das respirações dos bailarinos. Ganhamos o primeiro lugar em dança contemporânea adulto e, com isso, uma vaga para dois festivais internacionais: um em Miami e outro em Livorno, na Itália. Optamos por Livorno, por questões logísticas e por termos um representante brasileiro na organização.

Quais são os desafios para viabilizar a ida à Itália?

O grupo é composto por 15 bailarinos e cada um vai precisar arrecadar cerca de R$ 10 mil. Estamos organizando rifas, eventos e buscando patrocinadores. O festival oferece hospedagem e oficinas de dança contemporânea, o que agrega muito valor artístico. É um projeto que vai além da viagem, é sobre levar o nome de Pelotas para o mundo.

Qual a diferença entre o jazz e a dança contemporânea, foco da apresentação?

O jazz trabalha muito com técnica, estética e musicalidade pop. Já a dança contemporânea é mais abstrata, emocional e utiliza bastante o chão. É uma linguagem que exige pesquisa e transmite conceitos. A coreografia Unidos é um bom exemplo disso: ela não conta uma história linear, mas provoca reflexão através do movimento.

Quem quiser viabilizar a ida da Caju para a Itália, como pode fazer?

Pode entrar em contato pelo nosso Instagram @cajudanca, saber mais sobre a escola e acompanhar os preparativos para a apresentação de final de ano, dia 15 de dezembro, no Theatro Guarany, com o espetáculo Era mais de uma vez, com vários contos de fadas com um olhar diferente. No palco vão estar os alunos de todas as idades.

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