Ao longo de 19 dias de Fenadoce, a Rádio Pelotense, do Grupo A Hora, fez mais de 120 entrevistas. Foram centenas de horas de transmissão ao vivo da feira, que passa pela abertura oficial, escolha da corte e programas do estúdio. Por lá, passou a Zona Sul do Estado em menos de três semanas. E há um diagnóstico claro e cristalino para quem ouviu as conversas: tem gente se mexendo. Ao contrário de uma percepção – já ultrapassada – de que a cidade era parada, o cenário visível é que há gente empreendendo, tendo ideias, botando a roda da economia para girar e se atirando de cabeça em ideias que trazem riqueza, geram empregos e deixam impostos para as cidades.
É um movimento que precisa contaminar cada vez mais pessoas. Há, claro, quem ande cabisbaixo falando que a coisa está difícil. Economia, afinal, é algo vivo e sempre está à mercê de uma chuva, de um canetaço ou de uma situação que sai do controle. Mas há um outro grande movimento, cada vez menos silencioso na nossa região, de ideias que impulsionam projetos, que buscam deixar resultados. O turismo é um desses fatores que gritam. A construção civil também. E as startups? Cada dia uma ideia nova que pode virar o próximo negócio milionário!
A Fenadoce tem por característica ser o momento do ano em que setores variados da sociedade pelotense se unem em um único espaço e fazem intercâmbio de leituras de situação e de ideias. Essa conexão é extremamente positiva para ventilar o pensamento, e tais diálogos devem ser expandidos. Quanto mais o empresariado conversar entre si, mais haverá alinhamento e visões diferentes. As reuniões-almoço da Associação Comercial são um momento mensal especial para isso, mas precisa ir além. É necessário estar presente nas entidades associativas e, através do associativismo, encontrar essa direção.
A região vive um novo momento, mais positivo e olhando atravessado para um viralatismo que por muito tempo nos contaminou. Já tem outras partes do Estado nos olhando e vendo que aqui é o local com grande potencial de crescimento, seja pela logística, pelo setor de inovações pulsantes e pela capacidade de mão de obra qualificada. É hora de nós também nos enxergarmos e se mexer.
