📊 Previdência deve voltar ao centro do debate fiscal
O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmou nesta terça-feira (5) que o Brasil deverá discutir uma nova reforma da Previdência nos próximos dez anos. Segundo ele, o sistema atual está pressionado e precisará ser modernizado para garantir o equilíbrio fiscal do país.
A declaração foi feita durante o 2º Encontro do Centro de Política Fiscal e Orçamento Público (CPFO), promovido pelo FGV Ibre, no Rio de Janeiro.
“É olhar o sistema previdenciário. Pensando agora que o país está começando a equilibrar melhor os indicadores sociais e a dinâmica econômica”, afirmou Ceron.
💰 Salário mínimo real pesa nas contas, mas combate desigualdade
Ceron reconheceu que a política de reajuste real do salário mínimo, adotada no terceiro mandato do presidente Lula, tem papel importante na redução das desigualdades, mas também impacta as despesas públicas.
Ele destacou que essa política, apesar de justa socialmente, aumenta a pressão sobre os gastos, principalmente na Previdência, já que benefícios como aposentadorias e pensões são atrelados ao mínimo.
🧮 Reforma previdenciária pode aliviar trajetória da dívida
Para Ceron, uma nova reforma previdenciária, que torne o sistema mais eficiente, pode reduzir o esforço fiscal necessário nos próximos anos.
“Despesas previdenciárias menores pressionam menos a dívida pública”, afirmou.
O secretário defende que uma modernização do sistema ajudaria a evitar aumentos excessivos na necessidade de superávits primários (economia para pagar juros da dívida).
📌 Contexto: a última grande reforma foi em 2019
O Brasil já passou por uma reforma da Previdência em 2019, durante o governo de Jair Bolsonaro, que alterou regras de aposentadoria e instituiu idade mínima. No entanto, especialistas apontam que o envelhecimento da população e o aumento da expectativa de vida continuarão pressionando o sistema a longo prazo.