Prisão domiciliar de Bolsonaro repercute no meio político

Opinião

Douglas Dutra

Douglas Dutra

Jornalista

Repórter e colunista de política do A Hora do Sul | [email protected]

Prisão domiciliar de Bolsonaro repercute no meio político

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A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro repercutiu entre políticos.

Moraes considerou que Bolsonaro descumpriu a medida que o impedia de usar redes sociais após publicações feitas em perfis do filho e senador Flávio Bolsonaro no domingo, em mensagem direcionada a apoiadores em manifestações. A defesa afirmou que Bolsonaro não descumpriu a medida cautelar e que irá recorrer.

Repercussão

O governador Eduardo Leite (PSD) escreveu no X, antigo Twitter, que recebeu a notícia “com desânimo”. “Não gosto da ideia de um ex-presidente não poder se manifestar, e gosto menos ainda de vê-lo ser preso por isso, antes ainda de ser julgado pelo órgão colegiado da Suprema Corte”, disse. “Como nação, é hora de refletir sobre os graves danos da polarização e buscar novos caminhos”.

O vice-governador Gabriel Souza (MDB) disse que a prisão domiciliar de Bolsonaro é “mais um episódio da radicalização jurídico-política que ameaça a estabilidade do Brasil”. “Essa escalada não fortalece a democracia, prejudica a economia e afasta o país do bom senso institucional”, afirmou.

O deputado Daniel Trzeciak (PSDB) classificou a decisão de Moraes como arbitrária. “Eu jamais vou conseguir achar normal que um ex-presidente seja posto em prisão domiciliar simplesmente por ter se manifestado (e pelo celular) nos protestos de domingo”, disse. “Hoje, o alvo é Bolsonaro. Amanhã, pode ser qualquer cidadão”, escreveu Trzeciak nas redes sociais.

Em entrevista à rádio Pelotense, o deputado Alexandre Lindenmeyer (PT) comentou o momento político do país. “Eu lamento que tenhamos um presidente em prisão domiciliar, lamento que tenhamos um senador com tornozeleira. Agora, temos que ter responsabilidade em relação aos nossos atos e não podemos nos calar diante daqueles que tentaram derrubar a nossa democracia”, afirmou Lindenmeyer.

A ex-prefeita de Pelotas e secretária de Relações Institucionais do Estado Paula Mascarenhas (PSDB) disse que houve jogada ensaiada no ato de Bolsonaro. “Previsível a reação do Ministro, cada vez mais refém de si mesmo”, escreveu Pauta. “Neste emaranhado de gestos e narrativas, ficam esquecidos o Brasil e o povo brasileiro. É hora de recuperarmos a essência da política: a racionalidade”, disse em publicação.

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