A prefeitura de Pelotas deu início ao trabalho de manejo arbóreo no canteiro central da avenida Rio Grande do Sul, no bairro Laranjal. A ação, coordenada pela Secretaria de Qualidade Ambiental (SQA), prevê a substituição de 23 exemplares da espécie Pinus elliottii por mudas de árvores nativas, mais adequadas ao espaço urbano.
As árvores suprimidas, de grande porte, estavam plantadas em um canteiro estreito e próximo à rede elétrica, o que exigia podas constantes e comprometia sua estrutura. Parte das raízes também afetava o calçamento, gerando riscos para pedestres e veículos. A substituição foi recomendada após avaliação técnica da SQA, considerando os riscos de queda, especialmente em dias de vento forte.
No lugar dos pinus, serão plantadas pitangueiras, caliandras e quaresmeiras – espécies nativas que se adaptam melhor ao espaço urbano e contribuem com a fauna local ao fornecer alimento para aves. “Além da segurança, queremos um paisagismo mais harmônico, que valorize a cidade e promova benefícios ambientais”, afirma o titular da SQA, Marcio Souza.
As mudas vão ser plantadas com terra adubada, apoiadas por estacas de madeira e protegidas com tubos plásticos na base, para evitar danos durante a limpeza e manutenção do local. O monitoramento será contínuo e, caso alguma árvore não se desenvolva, será feito novo plantio.
A previsão da equipe técnica é concluir a remoção das árvores em quatro dias. Durante o trabalho, agentes da Secretaria de Transporte e Trânsito (STT) atuam no local para garantir a fluidez do tráfego e a segurança viária.
Outras regiões
Conforme o secretário, outras regiões da cidade também devem passar por processos semelhantes. “Estamos mapeando as principais vias para a supressão de espécies invasoras e replantio com nativas. A Avenida Bento Gonçalves é um dos locais já incluídos nos nossos planos”, antecipa.
Conjunto de ações
A iniciativa faz parte de um plano mais amplo de resiliência climática que está sendo desenvolvido pelo município, que envolve reflorestamento de áreas rurais, recuperação do Bioma Pampa e de remanescentes de Mata Atlântica, além da criação de corredores ecológicos verdes. “Esses corredores, ao longo do tempo, podem ajudar inclusive a recuperar parte da fauna que existia aqui há 300 ou 400 anos”, projeta Souza.