Está em operação no Capão do Leão a nova filial do Frigorífico Zimmer, sediado em Parobé. A inauguração, realizada na tarde desta terça-feira (5) no pátio da planta industrial da antiga Extremo Sul, contou com a presença da família de empreendedores e de investidores da região. Eles projetam ampliar as atividades, ocupando toda a área arrendada, que estava inoperante desde 2012. A estrutura física, a localização estratégica próxima ao Porto de Rio Grande e a mão de obra especializada foram fatores decisivos para a concretização do empreendimento.
“É um momento histórico e um divisor de águas no crescimento da empresa. Apesar do cenário difícil [com a taxação americana], acreditamos no empreendedorismo da família”, destacou o CEO André Zimmer. Neste primeiro momento, as operações estão voltadas à desossa de carne, mas a intenção é expandir as atividades em curto prazo, incluindo o abate.
A empresa já atua fortemente no Rio Grande do Sul e distribui produtos para São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Santa Catarina. Possui três linhas de produtos: Angus Certificada, Tradicional e a recém-lançada linha Reserva. O Frigorífico Zimmer possui o selo de Carne Angus Certificada e Inspeção Federal (SIF), estando habilitado para exportações desde 2015. No mercado internacional, exporta para 26 países, entre eles Uruguai, Chile, Paraguai, Argentina, Canadá, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Egito, Hong Kong, entre outros.
O diretor industrial Augusto Antoniazzi relata que, neste início, são 42 empregos diretos gerados com contratação de moradores da região, muitos com experiência na atividade de desossa. “Nos primeiros dias, alguns colaboradores de Parobé estão aqui para orientar os novos contratados”, pontua. Estão sendo utilizadas as câmaras frias e a sala de desossa. Além da mão de obra qualificada, a preferência também recai sobre a vocação regional para a pecuária.
Desenvolvimento regional
O prefeito de Capão do Leão, Vilmar Schmitt (PP), ex-funcionário da antiga Extremo Sul, ressaltou a coragem dos empreendedores, especialmente diante das incertezas provocadas pelas taxações sobre as exportações para os EUA. “São pessoas que realmente buscam soluções. E a nossa região está se valorizando: tem espaço, tem rodovias como a BR-116 e a BR-392.”
