Diretório Libertador se une a outras comunidades para celebrar o centenário de Gaspar Martins

Opinião

Ana Cláudia Dias

Ana Cláudia Dias

Coluna Memórias

Diretório Libertador se une a outras comunidades para celebrar o centenário de Gaspar Martins

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Há 90 anos

Diretório Libertador se une a outras comunidades para celebrar o centenário de Gaspar Martins

O Diretório Libertador de Pelotas se juntou a outros brasileiros e gaúchos nas diferentes manifestações e homenagens prestadas ao político Gaspar da Silveira Martins, no ano de seu centenário. O ex-presidente (governador) da então Província de São Pedro do Rio Grande do Sul nasceu em 5 de agosto de 1835 e morreu em 1901, aos 66 anos. Ambos os acontecimentos ocorreram no Uruguai.

Em 1935, na data que assinalou o centenário de nascimento, foi inaugurado o retrato de Gaspar Silveira Martins. A cerimônia ocorreu na prefeitura de Pelotas e contou com a oratória de Alberto A. da Cunha, de Rio Grande, que veio ao município especialmente para este evento.

A pintura foi um presente do Diretório Libertador de Pelotas e a obra foi feita pelo pintor Guilherme Litran, alguns anos antes. À noite, foi realizada uma sessão solene na Bibliotheca Pública Pelotense, promovida pela comissão designada pelo Diretório Libertador com o objetivo de erguer uma erma em homenagem a Martins.

Presidente da província do RS, no século 19, nasceu no Uruguai (Foto: Reprodução)

Procurado por uma comissão de federalistas, o prefeito, Silvio Barbedo, não só se prontificou a atender ao pleito do grupo, como lembrou da ideia de ser erguida no largo que ficaria fronteiro ao futuro edifício da Alfândega. A proposta seria uma erma com um busto do homenageado. A prefeitura prometeu contribuir com cinco contos para a efetivação da homenagem.

Mudanças

Nascido no Departamento de Cerro Largo, no Uruguai, o advogado e político, filho de fazendeiros, iniciou sua vida pública como juiz municipal no Rio de Janeiro, de 1858 a 1859. Depois, foi deputado (provincial e geral), senador, ministro da Fazenda, presidente da Província do Rio Grande do Sul e também conselheiro de Estado.

Inicialmente era antimonarquista e liberal. Com o desenrolar político da época e a polarização da política nacional em monarquistas e republicanos, Martins mudou o discurso e se aproximou da monarquia e do movimento conservador que defendiam o parlamentarismo. Em 1862 foi eleito deputado provincial pelo Rio Grande do Sul e em 1865 fundou em Porto Alegre o jornal A Reforma.

Rivalidade no amor e na política

Posteriormente se transformou em um de seus maiores defensores do parlamentarismo. Pouco tempo antes da proclamação da república, foi conselheiro de Estado e logo depois presidente da província do Rio Grande do Sul.

É dito que, em 1889 Martins foi o pivô da crise que culminou com a proclamação da república. Isto porque era desafeto do Marechal Deodoro da Fonseca, amigo do Imperador.

Fonseca concordou em participar da quartelada que depôs o gabinete o Conselho de Ministros do Império, presidido pelo Visconde de Ouro Preto e “voltar para casa”. No entanto, ao saber que Silveira Martins seria o escolhido para suceder Ouro Preto, teria mudado de ideia e aceitado proclamar a República.

O temor do marechal era ver seu inimigo, como primeiro-ministro. A briga entre os dois teria ultrapassado as discordâncias políticas e entrado na disputa pelo amor de uma viúva gaúcha. A mulher teria preterido Deodoro da Fonseca para aceitar o cortejo de Gaspar da Silveira Martins.

Fonte: jornal Diário Popular/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense. wikipedia.org

Há 100 anos

Andrade Neves chega a Pelotas, de navio, a caminho de Porto Alegre

Vindo do Rio de Janeiro estava ancorada no porto de Pelotas o vapor Itaquera. O navio trouxe ao município, entre outros passageiros, o general Eurico de Andrade Neves (1859-1936), comandante da Região Militar, em 5 de agosto de 1925.

Comandante da Região Militar, foi recebido com honras militares (Foto: Reprodução)

Natural de Rio Pardo, o militar, que viajava com destino a Porto Alegre, não chegou a descer em Pelotas porque estava doente com uma forte gripe. Mesmo assim recebeu as honras militares e foi visitado por autoridades políticas e civis, além de mensagens de congratulações e estimas de melhoras.

Fonte: jornal Diário Popular/Acervo BPP

Há 50 anos

Ensaio sobre Simões Lopes Neto recebe premiação

A Comissão julgadora do Prêmio Ilha de Laytano concedeu à jornalista Ivete Simões Lopes Barcelos Massot, em agosto de 1975, o terceiro lugar no concurso literário realizado naquele ano. A pelotense apresentou um ensaio intitulado Simões Lopes Neto na intimidade.

A obra foi considerada uma contribuição de “alto nível” para a história literária do Rio Grande do Sul. Ivete Massot recebeu uma quantia em dinheiro, um diploma e uma estatueta de Xico Stockinger, criada especialmente para o concurso. A premiação ocorreu no dia 4 de agosto daquele ano.

Fonte: jornal Diário Popular/Acervo Bibliotheca Pública Pelotense

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