Torcedor do Brasil, Yuri diz querer continuar no clube: “Só depende da diretoria”

Ascensão meteórica

Torcedor do Brasil, Yuri diz querer continuar no clube: “Só depende da diretoria”

Jovem se consolidou como lateral titular na Série D e foi capitão do Xavante no último jogo

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Torcedor do Brasil, Yuri diz querer continuar no clube: “Só depende da diretoria”
Yuri participou do Atualidades Esportivas desta terça-feira na Rádio Pelotense (Foto: Augusto Cabral - GEB)

Aos 21 anos, Yuri realizou nos últimos meses um sonho de criança. Xavante desde a infância, o jogador aproveitou a oportunidade dada pelo técnico Emerson Cris e passou de atleta em teste nos treinos a titular indiscutível do Brasil na Série D do Brasileirão. Raro caso de torcedor dentro de campo, o zagueiro e lateral-direito não esconde o desejo de permanecer na Baixada para a sequência da carreira.

“Foi uma loucura. Futebol, do dia para a noite tudo muda. Há dois meses estava na arquibancada e fazendo avaliação no Brasil. E há dois dias estava de capitão, jogando a Série D”, disse o jovem em entrevista à Rádio Pelotense 99,5 FM durante o programa Atualidades Esportivas desta terça (29), dois dias após o fim da campanha rubro-negra na quarta divisão nacional.

Sobre o futuro, Yuri já projeta a participação do Xavante na Copinha da FGF, que será confirmada – ou não – em congresso técnico nesta sexta-feira. “Minha prioridade, hoje, é ficar no Brasil. Só depende da diretoria. Ainda não entreguei tudo que posso entregar para o Brasil. Sair na segunda divisão, sem calendário para o ano todo, não faz sentido para mim. Se o clube quiser, estou à disposição”, afirmou.

Transição para o profissional

A estreia de Yuri pelo Rubro-Negro também foi sua primeira vez atuando em nível profissional. O jovem estourou a idade para jogar na categoria sub-20 após disputar a Copa São Paulo de Futebol Júnior como titular do Canaã, de Brasília, em janeiro. Ele já havia participado do torneio de base em 2023, pelo Oeste, de Barueri (SP).

“Chegou na parte mais difícil para um atleta de base, a transição do sub-20 para o profissional. Lá no Canaã não tinha profissional, então era ou virar profissional [em outro clube] ou parar de jogar. Meu pai conversou bastante, o Brasil abriu as portas para mim e disse: ‘fica aqui que o Emerson vai te avaliar’”, conta o jogador.

Yuri é filho de Gabriel Carvalho, que foi presidente da torcida organizada Máfia Xavante por dez anos.

Retorno à lateral

O atleta começou a carreira como lateral-direito, aos 13 anos, no Progresso, mas depois virou zagueiro. Por isso, se sentiu confiante para alertar Emerson Cris sobre a capacidade de substituir o suspenso Murillo Lima no jogo contra o Marcílio Dias, em 25 de maio. Marcel iniciou a partida na função, porém deu lugar a Yuri no segundo tempo.

O mais novo lateral do elenco agarrou a chance e deu uma assistência para o gol de Bryan Gabriel. Não saiu mais do time. Participou de todas as partidas desde então, sempre como titular, às vezes na função de zagueiro, outras de lateral-direito em linha defensiva com quatro atletas e ainda desempenhando o papel de ala, atacando mais.

“Gosto bastante de jogar de zagueiro, mas é bem melhor atacar, chegar bastante à frente. Acho que em qualquer uma das funções eu consigo me sair bem”.

Entrevista completa

No estúdio integrado do A Hora do Sul e da Rádio Pelotense, Yuri participou por quase meia hora do Atualidades Esportivas. Falou também sobre questões extracampo, como a parte administrativa e estrutural do Brasil e a perspectiva de jogar um Bra-Pel pela primeira vez, por exemplo. Para assistir na íntegra, clique aqui.

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