Desde muito pequena, a pedagoga Thainá Piva acompanhava sua mãe, a professora Patrícia Piva, em atividades realizadas pelo Colégio Gonzaga. As lembranças cultivadas no espaço educacional ao observar sua mãe foram determinantes para a sua escolha profissional: era a docência, especialmente nas séries iniciais, a real vocação da pedagoga.
Atualmente, mãe e filha trabalham juntas no Colégio Gonzaga. “Eu só trabalhei no Gonzaga, foi meu primeiro emprego. Faz 30 anos que estou aqui”, relembra Patricia. A escolha pela disciplina de educação física se deu pelo gosto que tinha pela ginástica, modalidade que pode vivenciar durante o período escolar.
O sonho de se tornar professora de ginástica foi possível ao começar a trabalhar no Gonzaga. “Comecei como professora de ginástica, depois assumi a disciplina de educação física, atuei na banda do Gonzaga ensaiando as balizas”, enumera.
O caminho de Thainá junto ao Colégio Gonzaga começou em 1998, como aluna. “Comecei na pré-escola, com a tia Cléia, ainda lembro o nome da minha primeira professora, depois percorri todo o ensino fundamental e médio”, conta.
Antes de optar pela pedagogia, Thainá fez a graduação em Nutrição. “Eu saí do ensino médio muito jovem, com 16 anos, e ainda não sabia o que eu queria. Entrei na UFPel pelo Pave, no terceiro lugar para Nutrição”. Ao longo do curso, Thainá percebeu que a escolha não era de fato sua vocação.
Mesmo quando cursava a sua primeira graduação, Thainá não perdeu o vínculo com o colégio. “Saia da faculdade e vinha para cá. Por percorrer toda a minha vida no Gonzaga, sempre me senti muito bem aqui dentro. Já via o colégio como minha segunda casa”, relata. Ao começar o estágio como professora auxiliar da educação infantil, a pedagoga teve certeza de ter acertado na escolha.
Amor pela educação
Patricia foi seu o principal exemplo de inspiração profissional, avalia Thainá. “Por ver sempre trabalhando e envolvida com as crianças dentro da escola, e o carinho que ela sempre teve com as crianças me fez olhar essa profissão com outros olhos”, diz.
Conforme Patricia, a educação física é uma das disciplinas favoritas dos alunos por deixá-los mais livres, com atividades orientadas no ginásio. “O dia que a professora de educação física falta é o pior dia. Tem a parte afetiva da educação física, a socialização com os colegas, é a hora em que eles se divertem”, relata.
Na avaliação de Patricia, a prática de esportes é para a vida. “Toda a criança precisa praticar esporte porque ele tem vários valores como respeito ao próximo, a seguir regras, solidariedade, limites, valores que são muito importantes para a formação de valores que levamos por toda a vida”, diz.
Ensino de qualidade
O Gonzaga foi a opção de escola dos filhos de Patricia, Thainá e Felipe, por compartilhar valores com base em um ensino forte, humanizado, afetivo e acolhedor. “As crianças vêm estudar e não querem ir embora para a casa”, relata.
Patricia conta que por trabalhar no colégio, conseguia identificar características como qualificação do corpo docente, projeto pedagógico claro, ambiente acolhedor e seguro, estrutura qualificada, educação inclusiva, entre outros quesitos. “Em 1999 tive o Felipe que em seguida começou a estudar aqui”, conta.
Para Patricia, muitas das características profissionais que sua filha tem hoje foram adquiridas durante a vivência escolar. “Meus filhos gostavam de participar de tudo, do futsal, do CTG, da banda. O ensino que eles receberam aqui foi responsável por torná-los adolescentes comprometidos, maduros e responsáveis”, avalia.
Para Thainá, o principal diferencial do Colégio Gonzaga é o acolhimento ofertado a seus alunos. “Da mesma forma, o carinho que temos pelas crianças, a afetividade, a alegria que existe aqui. É comum as crianças não quererem ir embora”, diz. O ensino e a educação disponibilizada, assim como os valores transmitidos, também são um diferencial da escola na opinião da pedagoga.
Colegas de trabalho
Em um primeiro momento, a escolha profissional de Thainá gerou uma preocupação em Patricia. “Por mais que eu ame a profissão de professora, e eu atuo há 30 anos, sabemos que não é uma profissão fácil, é preciso ter muito amor e dom para manter a docência”, diz.
Conforme Patricia, por mais que em um primeiro momento a escolha tenha gerado preocupação, era visível a vocação de Thainá para a área. “Minha filha ama o que faz, ela é muito afetiva, adora as crianças”, relata.
Patricia conta que ainda é comum gerar estranheza aos novos colegas ao saberem que ambas são mãe e filha. “É muito comum eu ouvir: como assim, a Thainá é tua filha? Eu adoro muito trabalhar com ela. A docência é uma paixão que compartilhamos”.
Na avaliação de Patricia, sua dedicação ao ensino influenciou a escolha da filha que antes de atuar no Gonzaga. Thainá até tentou outra profissão, mas não se encontrou, comenta. “Ela me disse: eu quero ser professora. Então ela foi, se formou e se tornou professora. Ela acompanhou muito meu trabalho, pois estávamos sempre juntas”, relembra.
Grata as oportunidades que obteve no Colégio Gonzaga, Thainá começou como professora auxiliar em 2017 e hoje já ocupa a titularidade. “Quando comecei, minha função era a de levar as crianças ao banheiro. Trabalhar com crianças fez com que me apaixonasse logo de cara. Em seguida, tive a oportunidade de trabalhar na assessoria pedagógica, e a partir disso comecei a construir minha história aqui dentro”.